A fazenda Brilhante que fica no município de Tangará da Serra, Mato Grosso, aposta na preservação ambiental como fonte de matéria-prima para cultivar o viveiro de mudas de árvores nativas. A propriedade com 2400 hectares, toda preservada, dispõe de uma área excedente de 1500 hectares que se encontra disponível para arrendamento em compensação florestal aos proprietários rurais da região do bioma do cerrado. “As mudas cultivadas em seu habitat natural se desenvolvem melhor e dão frutos de melhor qualidade. Uma muda na vegetação nativa reúne mais de cem fungos diferentes que ficam em simbiose, protegendo-se um ao outro. E o resultado, são mudas mais saudáveis que irão se adaptar melhor ao replantio. Isso só é possível, ao cultivar o viveiro em meio a natureza”, explica o proprietário da fazenda que também é engenheiro agrônomo, Luís Fernando Castellotti.
A maior parte da vegetação nativa da fazenda é de cerrado, mas a região abrange também uma área de transição de biomas com a floresta amazônica. O viveiro tem mais de 20 mil mudas de mais de 70 espécies de árvores nativas entre elas as frutíferas de pitomba, caju, graviola, jabuticaba e mangaba e atende todas as exigências dos órgãos ambientais e Ministério da Agricultura para disponibilizar as mudas para a atividade comercial. A grande demanda surge de propriedades que precisam reflorestar para cumprir as exigências da Secretaria de Meio Ambiente. O proprietário e engenheiro agrônomo, Luís Fernando Castellotti, reside em São Paulo e mantém a área preservada há mais de vinte anos e também disponibiliza a propriedade para gerar créditos de compensação florestal, na modalidade de arrendamento, para outros produtores rurais que plantam suas lavouras e precisam cumprir com a exigências legais de preservação ambiental. Além dos produtores rurais, as indústrias de biodiesel produzidos a partir do milho, de etanol e de calcário são os principais compradores do viveiro.