441 casos de Aids confirmados em Tangará da Serra e região

Número é considerado preocupante, aumentou de 375 para 441 novos casos

O número de Aids- HIV registrados e confirmados pelo Centro de Testagem Aconselhamento e Serviço de Assistência Especializada (CTA/Sae) é preocupante em Tangará da Serra e região. Somente do ano passado (mês específico não divulgado) até a última sexta-feira, dia 06 de fevereiro, o número aumentou de 375 novos casos para 441, o que representa um crescimento de quase 15%. Contudo, esse número pode ser ainda maior. De acordo com o Ministério da Saúde, para cada uma pessoa que sabe que têm HIV, existem outras quatro que ao menos desconfiam ter o vírus.

Segundo informações da enfermeira do CTA-Sae, Stella Giansante, a estatística é considerada alta. “No ano passado foram 66 novos casos na região. O Ministério da Saúde definiu que todos os pacientes que tem HIV serão notificados para tratamento, e não somente quem estiver com a Aids”, comentou a enfermeira, ao destacar que os números correspondem a toda regional que o CTA-Sae atende, sendo eles Arenápolis, Barra do Bugres, Campo Novo, Denise, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Estrela, Santo Afonso, Sapezal e Tangará da Serra.

Segundo ela, apesar da maioria da população se preocupar somente com a Aids, enfermidade que ainda não têm cura, outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) também podem ser contraídas da mesma forma. “Então é importante que as pessoas se previnam. Independente das ações que tenham, ou pro carnaval ou mês da mulher, o CTA diariamente está fazendo testes rápidos e aconselhamento. A gente tem equipe para atender a população aqui todos os dias”, informou Stella. 

Nos últimos sete anos, 5.367 novos casos de Aids foram registrados em Mato Grosso. Do total, 26,15% dos infectados são adolescentes e jovens, um seguimento populacional cuja contaminação está associada ao ato sexual sem preservação. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), 40% dos jovens não usam preservativo em todas as relações sexuais e possuem mais parceiros casuais, o que aumenta o risco contrair o vírus HIV, além de uma gravidez indesejada e outras DSTs, como herpes, sífilis, HPV, que neste último caso pode causar o câncer do colo de útero.

Fonte: Rodrigo Soares - Redação DS