Queda na arrecadação do ICMS em abril já chega a 18%

O Governo do Estado divulgou nesta terça-feira (14.04) o segundo boletim especial apontando os impactos da Covid-19 sobre o faturamento das empresas no Estado e também sobre a receita estadual. Os dados são relativos ao período de 16 de março até esta segunda-feira, 13 de abril. O documento pode ser acessado no site da Sefaz, na opção “Tributário”.

Considerando a arrecadação dos 13 primeiros dias de abril, em comparação com o mesmo período do mês de março, os dados apontam uma queda de 18% na arrecadação geral do ICMS, com destaque para a queda no setor de Comércio e Serviços, que foi de cerca de 25%.

Nesta última semana, os setores do comércio e serviços apresentaram seu pior resultado, com queda expressiva na média diária de faturamento. Destacam-se os setores de: atacado, que reduziu de R$ 278 milhões para R$ 136 milhões (-51%); combustíveis, que passou de R$ 104 milhões para R$ 61 milhões (-41%); veículos, de R$ 43 milhões para R$ 26 milhões (-39%); varejo, de R$ 109 milhões para R$ 92 milhões (-15%).

Compra consorciada vai trazer economia de R$ 8,6 milhões a Mato Grosso

Aquisição foi aprovada na terça-feira (14.04); percentual de economia é de 33,35%

A compra compartilhada de medicamentos, que será feita por meio do Consórcio Brasil Central, trará uma economia de R$ 8,6 milhões a Mato Grosso.

A aquisição foi aprovada durante reunião virtual do Conselho de Administração do Consórcio, composto pelos Estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins e pelo Distrito Federal, realizada na tarde desta terça-feira (14.04).

De acordo com o governador Mauro Mendes, que preside o consórcio, a economia geral com a compra para todos os estados será de 28,7%, com redução de preço total de R$ 29,8 milhões.

Crônica - O negro comercial: Uma reflexão urbana

Hoje eu tive uma prova de racismo bem no pé do nariz. Mas não foi assim, sabe, desse racismo convencional (esse, eu acho que se encolhe ainda mais de vergonha). Foi um racismo mais sutil, mais comercial.

Meu cabelo esvoaçado e meu biótipo magrelo chamou a atenção de uns olhos aí empreendedores. Fui lambuzado de elogios e chamado pra desfilar num projeto embrião aqui mesmo da minha cidade. "Gostei dele", me disseram, "do cabelo dele. Imagina ele com esse cabelão solto de blazer, que tudo que não ia ser!" E o empreendedor me perguntou também se eu não conhecia nenhuma menina assim, que nem eu. "Mas tem que ser negra, sabe?" Porque era pro desfile ficar tchan. Só que não queria (fez questão de dizer, e mais de vez) uma menina assim com bundão e pernão, não. Tinha que ser magra. Um cabide inexpressivo. Exótico. Como manda a cartilha da moda estrangeira, essa moda-mor que é a única que parece vingar.

O racismo do empreendedor não foi por pedir uma negra alta e anoréxica para o seu desfile: foi por recusar a diversa anatomia que ele deveria querer representar na passarela. Bundão e pernão faz parte do contexto físico da gente daqui: a nossa mulher, e mulher negra, sobretudo, não é como as que se faz lá em Paris.

Eu até fiz que tentava lembrar de alguma amiga assim, que se encaixasse no estereótipo requerido, mas no fundo eu estava mesmo é pensando no quão o negro, a sua história de submissão, de sofrimentos e de resistência vêm tendo pervertida a memória, a consciência que devíamos cultivar de fato. Ser negro tá ficando tech, pop, tudo. Quem antes renegava a aparência, hoje está em transição. Ser negro parece ter virado a onda do momento, o high point, um mero movimento. Só que movimentos se ultrapassam. Será que ser negro vai voltar, um dia, a ser ultraje, abjeta estética?

Quero mesmo que não seja assim.

Aliás, o empreendedor que queria uma mulher negra de carnes exíguas para o seu desfile, na verdade, era também uma mulher. E nem preciso dizer qual a cor do seu cabelo, suponho...

Julian de Sousa, acadêmico do 2° semestre de jornalismo / UNEMAT

Delivery de produtos agrícolas cria novas oportunidades de negócio em MT

Plataformas criativas e especialmente elaboradas para atrair a atenção da nova clientela, têm substituído gondolas e prateleiras dando lugar às vitrines virtuais

A necessidade de reinventar um comércio até hoje tão tradicional, como as feiras livres, tem levado produtores de Mato Grosso a lançar mão da criatividade e apostar na interação virtual. O comércio on-line de produtos e modelos que trazem alternativas para a entrega domiciliar estão se tornando oportunidades para escoar a produção e evitar prejuízos. 

A criação de redes de transmissão e grupos de WhatsApp com a participação de produtores, cooperativas, associações e consumidores tem estimulado a venda dos produtos, atenuando perdas e impactos causados pela restrição do comércio ao ar livre e proibição das aglomerações. 

Governo prorroga cobrança do IPVA dos meses de maio e junho

Executivo já havia determinado a prorrogação do prazo para os automóveis com finais de placa 4, 5, 6 e 7

O Governo de Mato Grosso prorrogou nesta quarta-feira (15.04) o pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), relativo ao exercício de 2020, que venceria nos meses de maio e junho. Com isso o imposto dos veículos com finais de placa 8, 9 e 0 ficam postergados para o mês de julho deste ano.

A medida foi publicada por meio do Decreto nº 454, no Diário Oficial, como forma de tentar mitigar os efeitos da Covid-19 para os contribuintes mato-grossenses. O Executivo já havia determinado a prorrogação do prazo para os automóveis com finais de placa 4, 5, 6 e 7.

Os parcelamentos do IPVA dos meses anteriores, gerados tanto no âmbito da Secretaria de Fazenda (Sefaz) quanto da Procuradoria Geral do Estado (PGE), também foram prorrogados. Dessa forma, as parcelas referentes aos meses maio e junho serão cobradas apenas no mês de julho e as demais nos meses subsequentes.

Quarta-feira (15): Mato Grosso registra 151 casos confirmados da Covid-19

Nas últimas 24 horas, surgiram 13 novas confirmações no Estado. Do total de casos notificados, 99 pacientes estão em isolamento domiciliar, 6 estão hospitalizados e 42 já se recuperaram

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta quarta-feira (15.04), 151 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados quatro óbitos em decorrência do coronavírus.

Os casos confirmados estão em Cuiabá (79), Rondonópolis (23), Sinop (11), Várzea Grande (7), Tangará da Serra (5), São José dos Quatro Marcos (4), Primavera do Leste (4), Cáceres (2), Aripuanã (2), União do Sul (1), Pontes e Lacerda (1), Nova Mutum (1), Nova Monte Verde (1), Lucas do Rio Verde (1), Lambari D’Oeste (1), Conquista D’oeste (1) Canarana (1), Campo Novo do Parecis (1), Alta Floresta (1) e em residentes de outros Estados (4).

Governo propõe ajuda de R$ 77,4 bilhões a estados e municípios

Proposta é uma alternativa a projeto aprovado ontem na Câmara

A equipe econômica do governo federal propôs hoje (14) novas medidas de ajuda aos estados e municípios, de R$ 77,4 bilhões, em substituição ao Projeto de Lei Complementar 149/19 (Plano Mansueto), aprovado ontem (13) na Câmara dos Deputados.

O texto substitutivo do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ) ao Plano Mansueto, que prevê ajuda financeira da União a estados, Distrito Federal e municípios para o enfrentamento à pandemia de covid-19, seguiu para tramitação no Senado.

A proposta da equipe econômica, apresentada no início desta tarde, prevê a transferência direta de R$ 40 bilhões para estados e municípios, sendo que 80% desse valor pelo critério per capita. Serão R$ 21 bilhões para os municípios e R$ 19 bilhões para os estados. “Desses 40 bilhões [de reais], mais de 80% desenharemos para que seja pelo critério per capita e não traga distorções de concentração [de transferência de recursos] em alguns estados ou municípios”, explicou o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.