Fiéis celebram com emoção o feriado de Corpus Christi

Com muita emoção as Paróquias Nossa Senhora Aparecida e Santa Terezinha do Menino Jesus de Tangará da Serra realizaram na manhã desta quinta-feira (04) as celebrações de Corpus Christi. A paróquia Nossa Senhora Aparecida realizou uma procissão na Avenida Brasil com saída da praça da antiga Prefeitura Municipal em direção à Igreja Matriz. Segundo o pároco, Frei Eliseu Aiolfi, está é uma data muito importante para a igreja católica.

“Hoje é dia da festa do Corpo e Sangue do Senhor, porque se nós olharmos a nossa vida não deixa de ser um caminho marcado de dificuldades, de certos obstáculos, mas também de muitas alegrias e realizações. É o que fazemos hoje, a adoração ao Cristo Eucarístico nos sinais do pão e do vinho. A importância está exatamente em reconhecer a presença viva e real de Jesus na hóstia consagrada. Na hora da consagração não é pão e vinho, é o Corpo e Sangue do Senhor presente no coração e na vida das pessoas”, disse.

Na Paróquia Santa Terezinha, foi feito tapetes que segundo o Padre João Ignácio significa em símbolos, as primeiras experiências que lembravam Jesus Cristo. “Os tapetes lembram os símbolos das primeiras experiências que recordavam a Jesus Cristo. O peixe, o cálice e a uva lembram sinais da comida de cada dia da época, mas Cristo escolheu o pão e vinho para ser lembrado aquilo que Ele mais fez, por isto eles expressam a eucaristia”.

Padre João Ignácio explicou que a festa celebra também a segunda aliança fraterna de Deus com o povo. “O povo antigo, a partir de Moisés, chegou ao consenso, pela aliança dos Dez Mandamentos, de celebrar a alegria de Deus tomar a iniciativa de querer bem ao povo.

Em Jesus Cristo, a experiência dos seguidores, das primeiras comunidades cristãs, levou a conclusão que o amor manifestado em n’Ele é muito maior do que a aliança antiga, por isso os povos passaram a celebrar “Uma Nova Aliança” para dizer em Cristo, ao invés do código dos 10 mandamentos, que Deus revela uma dimensão totalmente distinta e melhor.

É a misericórdia, a união, especialmente fala das bem-aventuranças e ao invés de dez mandamentos, agora existe um só, o do querer bem, do amar-se. Então esta festa é pelos sinais eucarísticos, pelos sinais que lembram Cristo, celebrado e atualizado nas comunidades católicas, como grande expressão deste sentimento de gratuidade”, afirmou.

O padre aproveitou ainda para deixar uma mensagem de reflexão à população sobre o momento vivido atualmente pela sociedade em relação à fé. “Em primeiro lugar, o segmento de Cristo não deve ser fonte de divisão, de separação, mas exatamente de entendimento e de respeito. Essa é uma questão muito séria, porque se tem uma ameaça na humanidade que assusta muita gente é o fanatismo religioso. Então que a religião seja um meio de construir, edificar, contribuir para o bem da humanidade e não para desintegra-la”, finalizou.

Fonte: Aline Schwaab com Heverton Luiz - Redação RP