Depois de 15 anos e desgostoso com a política atual, Arquimedes deixa PMDB

A base partidária da gestão Fábio Junqueira e o PMDB sentirão, já nestas eleições, os efeitos da perda de uma das figuras mais respeitadas politicamente no município. Entregou ofício solicitando a desfiliação do Partido da Mobilização Democrática Brasileira (PMDB), esta semana, o engenheiro Arquimedes Estrázulas Pires. O motivo principal, segundo ele, é o descontentamento com os rumos que a política brasileira tem tomado. “Cansei da politica como ela é praticada no Brasil”, justifica.

Arquimedes contou com exclusividade à reportagem do O Jornal sobre sua saída do PMDB, salientando que entregou a desfiliação à presidente do partido em Tangará, Edna Campos, ao prefeito Fábio Junqueira, que ajudou a eleger, e ao Cartório Eleitoral. O engenheiro sempre foi atuante na política, tendo se filiado no PMDB no início de 1999, depois de ter participado de eleições estaduais. “Fui candidato a deputado federal e alguns amigos se juntaram e me deram dinheiro para a campanha. Com R$ 3 mil consegui R$ 10 mil votos e fiquei como primeiro suplente. Celcita pinheiro, na mesma época, gastou R$ 7 milhões para ser eleita. Depois disso, Wilson Santos me convidou para ir para o PMDB”, conta.

Nesta semana, Arquimedes fez pronunciamento em seu programa de rádio, na Rádio Tangará, falando sobre o descontentamento com a política. Esse descontentamento culminou com sua retirada das fileiras partidárias. “Eu me recuso a participar da política da forma como está. A política que se faz hoje é partidária, não é de princípios, não é ética. Eu não quero participar desta forma. Além disso, a desfiliação me dá maior liberdade para opinar”, destaca ele.

PT E PMDB – Conforme ele ainda, a política tem que ser conduzida com transparência, dignidade e ética. “Não como é feita no Brasil. O ilícito virou a coisa certa”, assevera, criticando duramente a linha política do PT, com programas como o Bolsa Família que, segundo ele, se prestam para manutenção do partido no poder.

Arquimedes citou o caso das doações para pagar a dívida de José Genoíno e a intenção de Delúbio Soares também pedir doação aos correligionários.

Para fazer uma correlação, o PMDB é da base aliada do governo federal, atualmente, onde o vice-presidente é do partido. Ainda, é base do governo Silval Barbosa, com várias secretarias. Em Tangará da Serra, o PT também está unido ao PMDB, sendo o prefeito Fábio Junqueira do PMDB e o seu vice, Zé Pequeno, do PT, tendo ainda vários secretários.

Por Luciana Menoli/Da Redação O Jornal