Em reunião com a Fecomércio-MT, Mauro Mendes anuncia medidas em prol da economia para combater a crise causada pelo coronavírus

A retomada do comércio e a aplicação de medidas que garantam o fôlego financeiro das empresas em Mato Grosso, em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19), estiveram sendo debatidas entre o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, junto com governador, Mauro Mendes e lideranças empresariais, no Palácio Paiaguás, nesta quinta-feira (02).

O presidente ressaltou o compromisso social da entidade, por isso, tem monitorado os casos registrados do vírus, e afirmou que, “as equipes de saúde do Sesc e Senac devem visitar os comerciantes, para instruírem sobre formas de prevenção e de como receber os clientes seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde, assim que for permitido a abertura de todo o comércio”.

Wenceslau também externou a preocupação com a alimentação dos comerciários, e garantiu o retorno dos atendimentos no Restaurante Sesc Comerciário – mediante o sistema “delivery”.

MT recebe 3 mil comprimidos de cloroquina para tratamento de casos graves da COVID-19

O remédio será utilizado em pacientes que estejam hospitalizados com quadro clínico agravado, conforme a recomendação do Ministério da Saúde

O Estado de Mato Grosso recebeu do Ministério da Saúde cerca de 3 mil comprimidos do medicamento cloroquina para serem usados como terapia auxiliar no tratamento de casos graves de coronavírus, mais especificamente em pacientes hospitalizados.

A confirmação da chegada dos remédios foi anunciada pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo. “Apesar de não ter nenhum estudo científico concluído sobre a eficácia do medicamento no enfrentamento ao coronavírus, o Ministério autorizou a utilização do remédio como terapia adjuvante no tratamento de casos graves da doença, em pacientes hospitalizados, devido às experiências promissoras realizadas em outros países”.

Seduc vai ofertar ensino à distância para alunos durante suspensão das aulas

Os alunos receberão materiais complementares por meio de videoaulas que serão disponibilizados no site da Seduc; para quem não tem acesso a internet material será viabilizado pelas assessorias pedagógicas.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) está preparando material com atividades pedagógicas complementares para trabalhar com os alunos das escolas estaduais durante o período de suspensão das aulas. Essas atividades serão ofertadas por meio de ensino à distância (EAD), com aulas virtuais a partir do dia 13 de abril.

Conforme explica a secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, as aulas serão ministradas via Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), disponibilizado no site da Seduc. “Estamos preparando algumas aulas virtuais com atividades complementares nas diversas áreas de conhecimento para serem disponibilizados aos alunos e aos pais”.

Estado aguarda sanção de projeto para distribuição de merenda escolar

A medida, em caráter excepcional, deve amenizar os impactos causados sobre as famílias de estudantes e no comércio de produtos da agricultura familiar

Com os impactos causados pela suspensão do período letivo nas escolas da rede estadual, o Governo do Estado vem buscando alternativas para garantir o atendimento às famílias e manter o fluxo de comercialização dos produtos da Agricultura Familiar.

A expectativa é de que a sanção do Projeto de Lei 786/2020, aprovado na última segunda-feira (30.03), pelo Congresso Nacional, autorize a distribuição de alimentos da merenda escolar aos estudantes ausentes da sala de aula, em virtude das medidas restritivas de combate ao coronavírus.

Estados devem aplicar no mínimo 30% dos recursos destinados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) para a aquisição de itens da agricultura familiar. O montante pode chegar a 100% dos recursos destinados. Com a sanção do PL 786/2020, Mato Grosso passa também a ter autorizada a distribuição de alimentos da merenda escolar às famílias de estudantes da rede pública, mesmo que estejam ausentes da sala de aula. A medida, em caráter excepcional, deve amenizar os impactos causados sobre as famílias de estudantes e no comércio de produtos da agricultura familiar.

ARTIGO - O que a tragédia da Chapecoense pode nos ensinar sobre a pandemia de Covid-19

* Lawrenberg Advincula da Silva.

Quando o avião da Chapecoense caiu, no final de novembro de 2016, a primeira notícia veiculada era de um acidente aéreo que teve 6 pessoas resgatadas, sendo algumas delas gravemente feridas. Sem nenhuma informação dos outros 71 tripulantes. Recordo que estava na rodoviária de Santa Rita do Araguaia, Goiás, quando li essa notícia, que foi publicada no G1 na madrugada daquela terça-feira (29.11.2016). A impressão inicial, pelo menos a minha naquele momento, era de que aquele acidente aéreo tinha sido de leve proporção, já que havia vitimado um pequeno grupo de pessoas. Entretanto, ao transcorrer das horas, quando a equipe de bombeiros/resgate foi tendo acesso ao local, uma serra de difícil acesso na Colômbia, o que era esperança transformou-se em desespero, dor e desolação. 

Ao final da manhã de 29 de novembro, já era possível saber que dos 77 tripulantes do voo 2933 da empresa LaMia (o que além do time de futebol da Chapecoense, incluía jornalistas e civis de diversas nacionalidades), apenas 6 sobreviveram. Um dos maiores desastres aéreos da história. 

Olhando para a pandemia de Covid 19, hoje (03.04.2020) com mais de 1 milhão de infectados e mais de 53 mil mortes em todo o mundo (Fonte: OMS), creio que a experiência traumática da tragédia da Chapecoense possa nos ensinar muito sobre a necessidade de ficar em casa, o senso de responsabilidade coletiva e humanitária. E mais especificamente, imagino que trazer tal memória nos orienta pedagogicamente diante da necessidade de sabermos melhor interpretar o alcance real da pandemia em relação às parciais de números de casos notificados - até o momento divulgado pelas secretarias de saúde. Um exercício de lançar o olhar para além da feitura inicial dos fatos.

Portanto, quem puder, fique em casa. Quem precisar sair (para trabalhar, colaborar na assistência dos grupos de risco), tome o máximo de cuidado! Toda prevenção é necessária. 

* Lawrenberg Advincula da Silva
Professor do Curso de Jornalismo / Unemat 
Membro da Diretoria do Sindicato de Jornalistas de Mato Grosso - Sindjor-MT/ Coordenação Tangará da Serra