MT foi o estado do Centro-Oeste que mais abriu novas empresas no 1 º semestre

Mato Grosso foi o estado da região Centro-Oeste que registrou o maior número de aberturas de novas empresas neste primeiro semestre do ano. De acordo com Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, o crescimento em relação ao mesmo período do ano passado atingiu 21,1%, marcando a nona maior expansão anual do País e patamar acima da média nacional, em 20%. Roraima aparece em primeiro lugar com um aumento de 35% entre o período de 2018 e 2019, seguido pelo Amapá com uma alta variação de 33,7% e o Acre com 26,2%. 

Na região, a expansão de Mato Grosso foi seguida por Goiás, com 18,5%, Mato Grosso do Sul, 17,3% e Distrito Federal com 15,3%. 

Conforme a Serasa Experian, foram registrados 1.515.715 novos empreendimentos no primeiro semestre de 2019, o maior número apresentado desde o início da série histórica, iniciada em 2010. Quando comparado com o mesmo período de 2018, que teve 1.262.935 novos negócios, o valor atual chega a ser 20% maior. 

Do total de empresas criadas de janeiro a junho deste ano, os três setores que mais cresceram foram: Serviços de Alimentação (8,3%), Serviços de Higiene e Embelezamento Pessoal (7,5%) e Reparos e Manutenções de Prédios e Instalações Elétricas (7,0%). 

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, avalia que os setores que tiveram maior número de novas empresas foram aqueles nos quais o custo de abrir um negócio é mais baixo. "Com o desemprego, as pessoas buscam alternativas para gerar renda, que necessitem de pouco investimento para equipamentos, por exemplo, ou que não precisam de ponto comercial", comenta. Veja abaixo os dez segmentos que cresceram durante o primeiro semestre de 2019. 

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) são a maior parcela de novos negócios em junho/2019 – cresceram 21,5% no comparativo entre o mesmo mês em 2018, o que representa cerca de 40 mil novos empreendimentos. Seguindo tal padrão, o acumulado mostrou 1.243.182 novos MEIs no primeiro semestre, compreendendo 82% do total de novas empresas e uma variação de 20,3% se comparado com ano passado. Até o momento, as sociedades limitadas representaram 6,7%, enquanto as empresas individuais tiveram uma participação de 5,8%. 

REGIONAL - Durante o primeiro semestre, o Norte ficou em primeiro lugar dentre as regiões com o maior crescimento, representando 23,6% do número de novos CNPJs, seguido pelo Sudeste (21,4%). Todas as outras regiões também avançaram: Sul, com 18,4%, o Nordeste, com 18% e Centro-Oeste com 17,3%. 

Apesar disso, no acumulado dos seis primeiros meses, o Sudeste possui 53,1% dos novos negócios, sendo a região com maior representatividade no País, seguida pelo Sul (17,4%), Nordeste (16%), Centro-Oeste (8,0%) e Norte (4,6%). 





Fonte: MARIANNA PERESReportagem Diário de Cuiabá

Marechal Rondon soma mais de 1,6 milhão de embarques em 2018

Anac aponta que o modal aéreo continua sendo o principal meio de transporte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais

A movimentação em voos no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea grande, aparece na 15ª posição entre os terminais do Brasil, com participação de 1,7% da fatia nacional, em 2018. No mesmo ano, mais 1,6 milhão de passageiros foram transportados pelo modal aéreo doméstico, representando alta de 4,9% em relação a 2017. Os dados são do Anuário do Transporte Aéreo, divulgado terça-feira (20) pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), divulgado na última terça-feira (20). 

Segundo o levantamento, dentro do país, a alta no número de decolagens foi de 1,3%, quando foram registrados aproximadamente 816 mil voos. As operações para os destinos internacionais tiveram crescimento de 12% no ano passado, totalizando 151 mil decolagens. A quantidade de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras em voos domésticos e internacionais foi outro indicador com crescimento em 2018. 

“No acumulado do ano, mais de 93 milhões de passageiros foram transportados no modal aéreo doméstico, representando alta de 3,3% em relação ao mesmo período de 2017. Vinte e quatro milhões de passageiros foram transportados em destinos internacionais, que representou crescimento de 9,6% no ano passado em comparação com o anterior”, informou a Anac. 

Somente na região centro-oeste, foram 12.612.809 passageiros embarcados. Destes, 1.637.691 viajantes de Mato Grosso, número superior a Mato Grosso do Sul (845.377) e a Goiás (1.620.222). No Distrito Federal, foram 8.509.519 passageiros pagos. Entre os 20 maiores aeroportos, o Marechal Rondon respondeu por 1,6% da participação total de viajantes. Já os terminais com maior movimentação de voos em 2018 foram os de Guarulhos (12,2% do total do país), Congonhas (10,8%), Brasília (8%), Confins (5,8%) e Campinas (5,8%). Todos os aeroportos citados apresentaram crescimento no número de decolagens, com exceção de Campinas, que teve redução de 2,7%. 

Ainda, de acordo com o anuário, Mato Grosso contabilizou 16.072 decolagens, de um total 105.818 registradas em todo o centro-oeste, no ano passado. Entre os 20 principais terminais, o Marechal Rondon obteve alta no indicador de apenas 0,8%. No Estado, a tarifa aérea média doméstica no ano passado foi de R$ 468,33, a maior do centro-oeste. Em Goiás (R$ 414,55), Mato Grosso do Sul (R$ 403,84) e o Distrito Federal (R$ 345,64). Contudo, em relação a 2017, a média estadual apresentou uma queda de 3,8%. Em relação a 2011, foi de -0,6%. Já o percentual de assentos comercializados a tarifas inferiores a R$ 100,00, em 2018, foi de 1,3%. Já inferior a R$ 300,00 de 37,5%. 

Quando o assunto é a distribuição de passageiros pagos transportados no mercado doméstico, a região sudeste processou o maior número em 2018, com mais de 46 milhões de passageiros, ou 49,3% do total, seguida pela região nordeste, com 17 milhões (18,8%), e pelo centro-oeste (13,5%), com 12,6 milhões. Os aeroportos da região norte foram os que menos processaram passageiros no ano passado, com um pouco mais de 5 milhões do total (5,4%).

Segundo a Agência Nacional, o modal aéreo continuou sendo o principal meio de transporte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais. Na comparação com o transporte terrestre, a fatia de passageiros que utilizaram o avião manteve-se praticamente estável, passando de 67,5% em 2007 para 67,3% ano passado. De janeiro a dezembro de 2018, 86 milhões de passageiros viajaram pelo transporte aéreo enquanto 42 milhões (32,5% do total) optaram pelo rodoviário. 

O Anuário do Transporte Aéreo de 2018 disponibiliza informações com detalhamento por aeroporto, companhia aérea, rotas (domésticas e internacionais), região e unidade da Federação e dados sobre movimento de passageiros e de carga, frota de aeronaves, quadro de pessoal por companhia, quantidade de voos, número de aeroportos que receberam voos regulares e não regulares, além de participação de mercado, taxa de aproveitamento das aeronaves, percentuais de atrasos e cancelamentos de voos, tarifas aéreas comercializadas, entre outros dados. 

Os dados apresentados no anuário são fornecidos pelas empresas aéreas em atendimento à regulamentação específica e passam por constantes procedimentos de auditoria, com vistas a alcançar o maior grau de consistência possível. Por esse motivo, os dados estão sujeitos a alterações. Os dados estão disponíveis na seção Dados e Estatísticas do portal da Anac na internet. 

Fonte: JOANICE DE DEUS
Reportagem Diário de Cuiabá

Conferência discute processo de retomada de transplante renal em Mato Grosso

Equipe da SES-MT trabalha intensamente para que o Estado comece a realizar ainda este ano os primeiros transplantes. A fase de procedimento documental já foi protocolada no Ministério da Saúde.

Com o tema “Transplante Renal: Desafios e Oportunidade para a Nova Realidade de Mato Grosso”, os profissionais da Saúde que integram a equipe da Central Estadual de Transplante da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e são atuantes no processo de retorno do serviço de transplante de renal no Estado participaram, nesta terça-feira (20), da Conferência de alinhamento dos procedimentos técnicos de desenvolvimento do programa.

O evento contou com a presença do secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, que falou sobre a importância do retorno desses serviços para os pacientes que precisam realizar este tipo de cirurgia.

“Essa força-tarefa, que envolve diversos protagonistas, retomará os transplantes de rim em Mato Grosso. Temos a certeza de que a convergência existente em um projeto dessa natureza será coroada com muito êxito e não faltará apoio do Governo do Estado no sentido de vencer os obstáculos – pois não é à toa que a iniciativa está paralisada há 10 anos. Pretendemos exercer um trabalho proativo de conscientização sobra a importância da doação de órgãos para a população que, certamente, será a maior beneficiada”, declarou.

Outro foco da Conferência foi reunir os representantes das Clínicas de Hemodiálise para apresentar o programa, visto que esses profissionais atuam na indicação dos pacientes que necessitam integrar a lista de pessoas à espera do transplante de rim.

Segundo informações repassadas pela coordenadoria Estadual de Transplantes, representado pela coordenadora Fabiana Molina, a Central já iniciou um processo de acompanhamento ambulatorial que está quantificando o número de pacientes que vão fazer parte da lista de seleção para realizar a cirurgia de transplante.

“Já iniciamos o acompanhamento ambulatorial, já avaliamos cerca de 200 pacientes, que estão em diversas fases. Nos próximos dias, vamos iniciar a listagem de pacientes, colocar todos no cadastro técnico para que eles possam de fato ser selecionados para um transplante na situação em que houver órgãos disponíveis aqui em Cuiabá”, explicou Fabiana.

A secretária adjunta de Regulação, Controle e Avaliação da SES-MT, Fabiana Bardi, disse que a retomada dos procedimentos de transplante Renal é uma grande conquista não penas para SES-MT, mas principalmente para Estado, pois este serviço foi interrompido há 10 anos.

“Agora nós conseguimos, vamos dar início a retomada deste serviço que é tão importante para aqueles que precisam. Além disso, com essa retomada, teremos uma grande economia para o Estado, pois um dos maiores valores é o gasto com transporte de pacientes para fora de Mato Grosso”, pontuou a gestora.

Ainda de acordo com a secretária, a SES-MT trabalha intensamente para que o Estado comece a realizar ainda este ano os primeiros transplantes, pois os procedimentos documentais já foram protocolados no Ministério da Saúde e o Secretário trabalha intensamente para buscar todas as liberações necessárias para reiniciar os trabalhos.

Para alinhar toda parte estratégica, a Conferência contou com a participação do médico Valter Garcia, membro da Câmara Técnica de Transplante Renal do Ministério da Saúde. O profissional possui e um vasta experiência e veio para contribuir com os elementos finais para o reinicio das atividades.

Fonte: Assessoria | SES-MT

Projeto obriga SUS a fazer exames que detectam doenças renais

Exames de urina 1 e de creatinina são essenciais para o diagnóstico precoce da doença renal, que é silenciosa e acomete muitas pessoas no estado.

Médico nefrologista há 37 anos, o deputado estadual Dr. João José (MDB) apresentou o Projeto de Lei 336/2019, que obriga a rede pública de saúde de Mato Grosso a realizar, gratuitamente, os exames de urina tipo 1 e de creatinina no sangue para prevenção de doença renal crônica. No país, milhões de brasileiros têm problemas renais e 70% deles não sabem disso, e são gastos R$ 1,4 bilhão ao ano com os pacientes renais. Para se ter uma ideia, em Mato Grosso, 1.900 pessoas fazem hemodiálise.

“Estes exames de urina 1 e de creatinina são essenciais para o diagnóstico precoce da doença renal, que é silenciosa e acomete muitas pessoas no estado. Entendemos que os exames precisam ser feitos gratuitamente pelo SUS, em benefícios aos pacientes que poderão começar o tratamento em tempo hábil evitando sequelas”, afirma o parlamentar.

Dr. João foi o primeiro médico a realizar um transplante renal em Mato Grosso, no início da década de 90, e conhece profundamente a situação dos pacientes renais. "Os exames são bem simples e de baixo custo. Um faz a coleta do sangue do paciente para detectar o excesso de creatinina, uma substância que deve ser eliminada pelos rins. Já o exame de urina tipo 1 pode dizer se existem elementos que indicam possíveis deficiências da função renal”, explica.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, pelo menos 60 mil brasileiros fazem algum tipo de diálise no país, mas a estimativa é que 150 mil brasileiros deveriam ser submetidos ao tratamento, e o total de transplantados em acompanhamento atinge o número de 25 mil brasileiros.

Segundo o projeto de lei, o exame será realizado por profissional qualificado, no próprio hospital, e, diagnosticada a doença ou qualquer alteração nos portadores renais crônicos, o paciente será encaminhado para realização de exames mais complexos. “O exame de creatinina, um dos mais importantes mecanismos de detecção de insuficiência renal, pode indicar a saúde dos rins, e seu preço é irrisório”, disse.

As pessoas devem ficar em alerta quanto aos sintomas. Entre os possíveis indícios de doença renal estão pressão alta, inchaço nas pernas, anemia, fraqueza e desânimo, náuseas e vômitos frequentes pela manhã, sangue na urina, dores lombares, cólicas renais causadas por cálculos e indícios de infecção urinária (dor, ardor ou dificuldade para urinar, urina malcheirosa ou turva). 

Fonte: ERICKSEN VITAL / Gabinete do deputado Dr. João de Matos

Botelho assina protocolo que cria rede de proteção às mulheres vítimas de violência

O protocolo foi assinado em solenidade no Tribunal de Justiça e rede será implantada no Estado

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), e o governador Mauro Mendes (DEM), assinaram, na manhã desta quarta-feira (10), no Tribunal de Justiça do Estado (TJMT), o protocolo de intenções para a criação da Rede de Proteção e Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar de Mato Grosso. Também foi firmado, na ocasião, o Termo de Cooperação para aplicação do formulário de avaliação de risco, ferramenta que pretende auxiliar no trabalho das equipes multidisciplinares e profissionais do sistema de justiça para medir o grau imediato de risco das vítimas, por meio de um documento técnico e, assim, nortear as medidas a serem tomadas caso a caso.

“O resultado desta assinatura teve início no Parlamento”, disse Botelho, lembrando que foi a Assembleia que começou a discutir o tema. Conforme o presidente da Assembleia, “o que está sendo feito aqui tem o intuito de diminuir, de combater os casos de violência doméstica. Vejo essa questão como um problema humanitário, onde as pessoas sofrem dentro de casa e não tem para onde recorrer”, destacou Botelho.

Segundo a desembargadora Maria Erotides, o termo assinado entre os poderes e as instituições é como se fosse um grande guarda-chuva. “Os chefes dos poderes e das instituições envolvidas estão dizendo nós estamos juntos nesta causa”, disse. Com a assinatura do termo de cooperação, segundo a desembargadora, em 120 dias as redes estarão instaladas nos grandes municípios do Estado.