Um caminhoneiro de 49 anos morreu, nesta quarta-feira (25), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, com suspeita de hantavirose. A família de Adésio Barbosa de Lima informou que ele passou mal pela primeira vez há menos de 15 dias e, assim que procurou atendimento em uma unidade pública de saúde, foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular. Desde então, o estado de saúde dele só piorou.
A Vigilância Epidemiológica do município recebeu o laudo oficial, o qual confirmou as causas da morte por hantavirose, doença transmitida pelo ar por um vírus que é eliminado na urina e nas fezes de ratos. Porém, a certidão de óbito diz que a morte se deu em consequência de pneumonia e falência múltipla dos órgãos.
De acordo com o médico Maurício Pereira, a hantavirose não é contagiosa. "O vírus não é transmitido por aquela ratazana que a gente tem na cidade, mas é daquele rato pequeno, de cor avermelhada, que costumamos ver nos campos, principalmente nas plantações", explicou.
A doença não tem cura e, se o paciente fizer o tratamento adequado, poderá conviver com ela normalmente. Segundo o médico, em alguns casos, ela não se manifesta e quando aparecem os primeiros sintomas já pode ser tarde. "O sucesso no tratamento acontece quando a gente consegue que o paciente venha fazer tratamento numa situação de pressão ainda estabilizada. O primeiro sintoma é a falta de ar, pela compressão pulmonar, e a segunda etapa é a compressão cardíaca", informou o médico.
A mulher da vítima, Solange Soares Brito, acredita que o marido tenha sido contaminando durante o trabalho, já que atua no transporte de grãos. "Fico imaginando sobre quantas pessoas estão trabalhando nesses campos, fazendas, fazendo o mesmo serviço dele. Muitos pegam essa doença continuam sem saber´, avaliou.
Fonte: G1/Rádio Pioneira
