Anac aponta que o modal aéreo continua sendo o principal meio de transporte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais
A movimentação em voos no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea grande, aparece na 15ª posição entre os terminais do Brasil, com participação de 1,7% da fatia nacional, em 2018. No mesmo ano, mais 1,6 milhão de passageiros foram transportados pelo modal aéreo doméstico, representando alta de 4,9% em relação a 2017. Os dados são do Anuário do Transporte Aéreo, divulgado terça-feira (20) pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), divulgado na última terça-feira (20).
Segundo o levantamento, dentro do país, a alta no número de decolagens foi de 1,3%, quando foram registrados aproximadamente 816 mil voos. As operações para os destinos internacionais tiveram crescimento de 12% no ano passado, totalizando 151 mil decolagens. A quantidade de passageiros pagos transportados por empresas brasileiras em voos domésticos e internacionais foi outro indicador com crescimento em 2018.
“No acumulado do ano, mais de 93 milhões de passageiros foram transportados no modal aéreo doméstico, representando alta de 3,3% em relação ao mesmo período de 2017. Vinte e quatro milhões de passageiros foram transportados em destinos internacionais, que representou crescimento de 9,6% no ano passado em comparação com o anterior”, informou a Anac.
Somente na região centro-oeste, foram 12.612.809 passageiros embarcados. Destes, 1.637.691 viajantes de Mato Grosso, número superior a Mato Grosso do Sul (845.377) e a Goiás (1.620.222). No Distrito Federal, foram 8.509.519 passageiros pagos. Entre os 20 maiores aeroportos, o Marechal Rondon respondeu por 1,6% da participação total de viajantes. Já os terminais com maior movimentação de voos em 2018 foram os de Guarulhos (12,2% do total do país), Congonhas (10,8%), Brasília (8%), Confins (5,8%) e Campinas (5,8%). Todos os aeroportos citados apresentaram crescimento no número de decolagens, com exceção de Campinas, que teve redução de 2,7%.
Ainda, de acordo com o anuário, Mato Grosso contabilizou 16.072 decolagens, de um total 105.818 registradas em todo o centro-oeste, no ano passado. Entre os 20 principais terminais, o Marechal Rondon obteve alta no indicador de apenas 0,8%. No Estado, a tarifa aérea média doméstica no ano passado foi de R$ 468,33, a maior do centro-oeste. Em Goiás (R$ 414,55), Mato Grosso do Sul (R$ 403,84) e o Distrito Federal (R$ 345,64). Contudo, em relação a 2017, a média estadual apresentou uma queda de 3,8%. Em relação a 2011, foi de -0,6%. Já o percentual de assentos comercializados a tarifas inferiores a R$ 100,00, em 2018, foi de 1,3%. Já inferior a R$ 300,00 de 37,5%.
Quando o assunto é a distribuição de passageiros pagos transportados no mercado doméstico, a região sudeste processou o maior número em 2018, com mais de 46 milhões de passageiros, ou 49,3% do total, seguida pela região nordeste, com 17 milhões (18,8%), e pelo centro-oeste (13,5%), com 12,6 milhões. Os aeroportos da região norte foram os que menos processaram passageiros no ano passado, com um pouco mais de 5 milhões do total (5,4%).
Segundo a Agência Nacional, o modal aéreo continuou sendo o principal meio de transporte utilizado pelo brasileiro em viagens interestaduais. Na comparação com o transporte terrestre, a fatia de passageiros que utilizaram o avião manteve-se praticamente estável, passando de 67,5% em 2007 para 67,3% ano passado. De janeiro a dezembro de 2018, 86 milhões de passageiros viajaram pelo transporte aéreo enquanto 42 milhões (32,5% do total) optaram pelo rodoviário.
O Anuário do Transporte Aéreo de 2018 disponibiliza informações com detalhamento por aeroporto, companhia aérea, rotas (domésticas e internacionais), região e unidade da Federação e dados sobre movimento de passageiros e de carga, frota de aeronaves, quadro de pessoal por companhia, quantidade de voos, número de aeroportos que receberam voos regulares e não regulares, além de participação de mercado, taxa de aproveitamento das aeronaves, percentuais de atrasos e cancelamentos de voos, tarifas aéreas comercializadas, entre outros dados.
Os dados apresentados no anuário são fornecidos pelas empresas aéreas em atendimento à regulamentação específica e passam por constantes procedimentos de auditoria, com vistas a alcançar o maior grau de consistência possível. Por esse motivo, os dados estão sujeitos a alterações. Os dados estão disponíveis na seção Dados e Estatísticas do portal da Anac na internet.
Fonte: JOANICE DE DEUS
Reportagem Diário de Cuiabá