Com resultado previsto para ser divulgado hoje ou segunda-feira no site do Instituto Cidades, o Teste Seletivo da Educação está em meio a uma polêmica. Na tarde da quarta-feira (9), mais de 50 professores seguiram para a Câmara para discutir o fato da maioria não conseguir a média exigida no edital, 50% de cada disciplina. Eles ainda questionavam o valor das inscrições e o nível de dificuldade do Seletivo. Ontem de manhã, eles se reuniram novamente na Câmara com vários vereadores e representantes sindicais, onde formaram uma comissão para falar com a secretária municipal da Educação ainda na tarde de ontem.
A uma rede de TV local, a secretária, Valmíria Oenning, disse que tomará um posicionamento apenas após a publicação do resultado do Seletivo, que sairá ainda hoje ou, no máximo, segunda-feira, 14.
A uma rede de TV local, a secretária, Valmíria Oenning, disse que tomará um posicionamento apenas após a publicação do resultado do Seletivo, que sairá ainda hoje ou, no máximo, segunda-feira, 14.
Durante a reunião na Câmara, foi levantada por uma professora a possibilidade de plágio em algumas questões. Ela citou o exemplo da questão 25, de Ciências, que consta na internet como sendo uma questão aplicada no vestibular da Fespi-BA, inclusive com resultado. Diante desses fatos, os vereadores Celso Ferreira (DEM) e José Pereira Filho (PT), se pronunciaram pela anulação das questões em que for constatado o plágio, sem que haja necessidade de ocorrer um novo teste.
Depois de quase duas horas de discussão, foi formada uma comissão composta por vereadores da Comissão de Educação da Câmara, além de Celso Ferreira (uma solicitação do grupo de professores), professores e os presidentes do Sintep/Tangará e do Sserp, José Rosa de Paula e José Antônio Garcia Neto, respectivamente, para discutir as prerrogativas exigidas pelos professores.
O Instituto Cidades, realizador do Concurso Público e dos Testes Seletivos, esclareceu que o período para recursos referentes à prova terminou no dia 9 e que se houver comprovação de questões plagiadas, estas serão anuladas.
DISCUSSÕES – Além da questão do plágio e do nível de dificuldade do Teste Seletivo, de acordo com os professores mais alto do que o do Concurso, as discussões giraram em torno do valor da inscrição, mais alto do que o do Concurso que é efetivo, para contratações em nível temporário. Porém, a maior exigência da classe docente, agora desempregada, é que seja retirado o critério eliminatório do concurso e que seja apenas classificatório. Critério este que já constava em edital e que não foi questionado antes do Teste Seletivo. Os professores ainda alegam que pouquíssimos conseguiram acertar os 50% exigidos em cada questão e que a quantidade de professores não será suficiente para suprir as vagas existentes.
O presidente do Sintep/Tangará ressaltou ainda a questão do atraso na divulgação do resultado do concurso, pelo prolongado período de inscrições, onde ainda não foram homologados os resultados e o serão apenas depois que as aulas já tiverem começado. “Minha preocupação é com a qualidade da educação nestes 15 ou 20 dias sem professores qualificados nas salas de aula da rede municipal, até toda essa questão de Concurso e Seletivo ser resolvida. A Semec tem sua parcela de culpa porque não acompanhou o processo de formulação do Seletivo e agora vai ter que resolver essa problemática criada”, salientou Zé Rosa, colocando a estrutura do Sindicato à disposição dos profissionais.
NÚMEROS – Segundo o sindicalista ainda, 117 profissionais concorreram para as vagas disponibilizadas na Educação Infantil e 140 para as séries iniciais do Ensino Fundamental e que poucos conseguiram a média. Foram oferecidas, no total, 86 vagas em vários segmentos da educação municipal e 916 pessoas fizeram as provas no último domingo. Conforme a Semec, os professores concursados tomam posse no dia 14 e os contratados no dia 21.
À TARDE – Na reunião de mais de duas horas que seguiu na tarde de ontem com a secretária municipal de Educação, os professores ouviram a afirmativa de que a Semec vai esperar pelo resultado do Teste Seletivo. Enquanto a reunião acontecia, dezenas de professores esperavam no pátio do Centro Cultural por uma decisão. A comissão formada por professores, sindicalistas e vereadores, segundo informações do presidente do Sserp, Garcia Neto, repassou aos demais professores a decisão da Semec e todos decidiram proceder denúncia ao Ministério Público, ainda hoje. Depois, os profissionais da educação que se sentirem prejudicados entrarão com um mandado de segurança pedindo a anulação do Seletivo devido à suspeita de plágio e às provas para a sala multifuncional com libras e sem libras serem as mesmas.
Fonte: LUCIANA MENOLI / Redação - Diário da Serra