As metas de universalização estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020) determinam que, até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90% dos brasileiros deverão ser atendidos com tratamento de esgoto. O assunto integrou a programação do Encontro Municipalista Mato-grossense, realizado pela AMM nesta sexta-feira (26). O tema foi abordado pelo Diretor Nacional do Departamento de Engenharia de Saúde Pública, Jonas Moura de Araújo, e pelo superintendente da Funasa em Mato Grosso, Francisco Holanildo.
O diretor Jonas de Araújo disse que a estimativa é que sejam necessários R$ 600 bilhões para sanear o país. “O marco regulatório abre para a iniciativa privada pegar parte desse mercado”, assinalou, destacando que para cumprir as metas de universalização é preciso a junção do governo municipal, estadual e iniciativa privada. Quase 35 milhões de brasileiros ainda não contam com água tratada e 100 milhões não têm acesso a esgotamento sanitário.
O superintendente da Funasa, Francisco Holanildo, disse que Mato Grosso é o único estado brasileiro que não possui companhia de saneamento. Ele destacou, ainda, que 106 municípios convivem com problemas crônicos de água, esgoto, resíduos sólidos, agua pluviais, entre outros.