Henrique Lopes: “Professores estão trabalhando três vezes mais na pandemia”


Na primeira vez em que usou a tribuna do plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Henrique Lopes deu visibilidade às condições de trabalho dos professores durante a pandemia do novo coronavírus e voltou a defender o retorno das aulas presenciais de forma segura, durante sessão na manhã de hoje (6). 

“Muitos professores estão sendo taxados como preguiçosos por serem uma das únicas categorias que, pelo visto, não retornaram ao trabalho. Reafirmo: o que eles mais gostariam é que o ano letivo estivesse normalizado. Estão trabalhando três vezes mais em função das aulas remotas, usando energia elétrica e espaço das próprias casas. A sala de aula foi transferida para casa”, disse. 

Henrique apontou que muitos dos profissionais ainda precisam lidar com questões estruturais como, por exemplo, falta de acesso à internet dos alunos, que muitas vezes estão em situação de vulnerabilidade social. 

O deputado estadual ainda pediu para que os servidores públicos se atentem para a necessidade de mobilização contra a retirada de direitos. “Não é porque um marco estabelece política de negação que vamos deixar de lutar. É a luta que faz a lei, é a luta que faz com que essas leis sejam cumpridas”. 

Projeto de empreendedorismo afro 

O sindicalista usou a tribuna para elogiar um dos projetos discutidos durante a sessão. Proposto pelo deputado estadual Wilson Santos, o documento prevê criação de políticas públicas geradoras de emprego para a população negra. Forma de reparação histórica pelos 400 anos de escravidão. 

O deputado estadual ainda chamou atenção para que novos projetos de inclusão destinados à população negra sejam discutidos em plenário. “Vivemos em um estado de maioria negra, é a partir de discussões dessa natureza que outros debates serão travados nessa Casa para que possamos promover a identidade e o sentimento de pertencimento do nosso povo. Temos outras questões que precisamos avançar: respeito a ancestralidade, as religiões de matriz africana e a cultura afrodescente”. 

Fonte: Bruna Barbosa - Assessoria de Imprensa