Comunidade se mobiliza para amenizar estiagem em Tangará

O Córrego Russo está localizado cerca de 1,2 mil metros da Cabeceira do Berabinha, um dos afluentes do Queima Pé

Desde o início de agosto, mais precisamente a partir do dia 9, os tangaraenses mudaram seus hábitos novamente em relação ao uso da água tratada. Usada de forma abundante e sem consciência por muitos, a emissão do um Decreto de Racionamento pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) fez com que a comunidade novamente mudasse de atitude para não ficar sem esse bem indispensável. 

Na ocasião, o diretor do Samae, Wesley Lopes Torres, afirmou que a medida antecipada – 45 dias em relação ao ano passado – foi necessária para manter o bastecimento de água tratada em Tangará da Serra neste período de estiagem, tendo em vista que os reservatórios estavam em níveis bem abaixo do esperado.

Diante da informação e buscando contribuir com a população, empresários e produtores tangaraenses e de toda a região se mobilizaram para amenizar o problema em Tangará. “Nesse momento de crise que vemos a importância da sociedade, o envolvimento das pessoas que tem ideias, querem contribuir para soluções das nossas atividades”, comenta Torres, ao lembrar que precisavam de fontes alternativas para driblar a crise hídrica. “O senhor Levir Delcaro nos procurou e indicou o melhor local para a captação dessa água, com duas opções [no Córrego Russo, localizado dentro de propriedade particular]. Um local com uma vasão bem maior, só que mais distante que não conseguimos buscar nesse ponto e outro local de mais acesso, de uma distância menor, e que atendeu a nossa necessidade”.

Essa nova alternativa, aliada a conscientização da população, amenizou a situação em Tangará, fazendo com que o abastecimento fosse mantido a todos.

Água do Russo contribui com abastecimento em Tangará da Serra

O Córrego Russo está localizado cerca de 1,2 mil metros da Cabeceira do Berabinha, um dos afluentes do Rio Queima Pé, utilizado para a captação de água e abastecimento de Tangará da Serra. “Estamos transpondo essa água do Russo para o Berabinha, que chega até o Queima Pé”, explica o diretor do Samae, Wesley Lopes Torres. “Isso nos deu um alento e tem contribuído nesse momento de abastecimento”.

Esse alento, segundo Torres, veio após a mobilização de produtores e empresários. “O que nos deixa feliz é saber que a sociedade se envolve, que a sociedade quer ajudar, trazer ideias, quer contribuir com ações e a gente tem sempre ouvido isso, tem aceito essas contribuições, principalmente neste momento crítico”, agradece. “Outro aspecto importante frisar que todos esses chamamentos a população tem atendido. São raríssimas as exceções de pessoas que não entenderam que a água deve ser usada racionalmente, de não ter desperdício”. Torres lembra ainda que toda a busca de equipamentos e materiais para essa captação de água do Córrego Russo teve ajuda de outros empresários de Tangará e da região. 

OBRA – Já em relação a obra na Estação de Tratamento de Água, Torres afirma que está 80% concluída e acredita que no mês de setembro deverão concluir. “E tudo isso é um momento passageiro, pois as ações que fizemos, a ações que estamos fazendo, não passaremos mais por este tipo de problema a partir ano que vem. Teremos uma capacidade de reservação 10 vezes maior do que a atual, fazendo com que passemos esse momento de crise hídrica com tranquilidade e abastecendo a cidade com louvor”.

Fonte: Fabíola Tormes - Redação DS