Campus da UNEMAT de Tangará paralisa atividades a partir de 3ª-feira com greve dos professores



A informação foi repassada pelo Professor Rogério Añez, diretor do Sindicato dos Professores no Campus do município. Nesta semana, segundo ele, a instituição já está paralisada por força de decisão tomada em assembleias, tanto da categoria em Tangará, quanto no estado. “Nós estamos em paralisação em Tangará. Deflagramos a greve ontem em nossa assembleia e na Assembleia Geral em Cáceres onde se deflagrou a paralisação de advertência a partir de hoje até 6ª-feira, e a partir de segunda-feira, 1º de junho, a greve, por tempo indeterminado”.

O professor explicou que foi através da Lei Nº 8.278 de 2004 que se instituiu a Revisão Geral Anual, cujo índice é a inflação do ano anterior e que deve ser resposto todo mês de maio. Por 10 anos a lei vem sendo cumprida e agora está sendo desrespeitada. “Desta vez fomos surpreendidos pelo governo oferecendo como proposta pagar metade deste reajuste agora no mês de maio e depois num acordo na folha de novembro o restante deste reajuste.

Sendo que o retroativo entre maio a outubro seriam pagos na folha de janeiro de 2016. Não concordamos com isto, porque o repasse em maio é de caráter legal e se o Governo não cumprir uma coisa que está na lei, como vai cumprir um acordo feito às pressas”.

Até 6ª-feira algumas atividades estão previstas na universidade em Tangará, que inclusive hoje (27) está em luto. “Prestamos nossas condolências à família da Alessandra Teodora que é nossa aluna. Na 5ª-feira estamos com atividades normais. Na 6ª-feira temos um movimento nacional de paralisação, com atividades no campus de Tangará e alguns de nós se dirigem a Cuiabá para se juntar com os demais sindicatos”.

A atividade que aconteceria hoje foi transferida para a próxima segunda-feira (01), com alunos e professores e a partir de 3ª-feira a greve geral.

O professor lembrou também que a categoria cobra ainda, não neste movimento, mas tem como pauta, a reposição por parte do Governo do Estado, aprovada no Conselho Universitário através da resolução 027. “Neste momento não falamos de aumento salarial. Apenas da reposição da inflação. Mas estamos brigando também pela autonomia universitária que temos garantida por lei e não garantida pelos governantes, para que os repasses devidos à Unemat sejam feitos na íntegra”, destacou.

Demais Servidores da Unemat – Os servidores do setor administrativo da UNEMAT que não integram a categoria dos docentes decidiu pela não paralisação das atividades. Assim, o trabalho neste setor prossegue normal no campus prossegue em Tangará da Serra.

Fonte: Marlenne Maria com Heverton Luiz