Servidores do DETRAN continuam em greve; órgão em Tangará permanece com portas fechadas

Na segunda-feira (9) o Sindicato dos Servidores do DETRAN de Mato Grosso – SINETRAN realizou uma assembleia geral para decidir a continuidade ou não da greve, considerando o recebimento de um cronograma proposto pelo Governo de Mato Grosso para a realização do concurso público do órgão. A greve acontece desde o último dia 2.

O Vice-Presidente do Sindicato da categoria Adalson José da Silva destacou à reportagem da Pioneira que a decisão de não terminar a greve se deu conforme avaliação da maioria de que a proposta não atendeu as expectativas e demandas exigidas.

Na semana passada, os servidores da 22ª CIRETRAN de Tangará da Serra realizaram uma panfletagem na principal avenida da cidade para divulgar o motivo da greve e orientar eventuais usuários do órgão sobre o que estaria ocorrendo.

Durante a entrevista, o vice-presidente, que estava na capital do Estado, reforçou que os servidores estão se esforçando para que a população saiba a motivação da greve: “Neste momento, por exemplo, nós estamos com duas atividades, há uma entrevista coletiva com a Presidente do sindicato e uma panfletagem, uma conversação com a população aqui na Avenida do CPA”, comentou.

A unidade do órgão em Tangará da Serra continua de portas fechadas, sem qualquer tipo de atendimento ao público e segundo Adalson isso ocorre pela falta de servidores no quadro.

“Os 30 por cento do efetivo estão sendo cumpridos, conforme demanda a lei de greve. Por exemplo, na Capital e nas Ciretrans do interior esse mínimo está sendo cumprido por servidores comissionados e aqueles que não aderiram ao movimento”, disse e continuou: “É uma questão de gestão do órgão, como em Tangará há apenas um servidor comissionado e a demanda é muito grande, então foi tomada a iniciativa de não abrir as portas, o que não está relacionado a nenhuma atitude do sindicato que está no seu direito e cumpre seu dever”, afirmou.

As deliberações acontecem, conforme explicou Adalson, diariamente para que o movimento de greve, caso continue, alcance o máximo de pessoas possíveis e que suas causas sejam devidamente explicadas. Na pauta de reivindicação, o Vice Presidente do Sindicato reforçou que a cobrança está relacionada diretamente à realização do concurso público, algo que segundo ele, já estaria resolvido com a gestão anterior, porém, não teria sido cumprida pela atual gestão.

“Reforço qe a nossa pauta é única, o que significa que nós estamos cobrando apenas o concurso público”, disse ao explicar que algumas informações veiculadas informavam questões salariais envolvidas.

“Atualmente nós trabalhamos com um contingente de aproximadamente 38 por cento do necessário para atender a demanda. Nós temos previsto na nossa lei de carreira, 2.100 servidores previstos, mas somente 840 atuam no estado inteiro”, afirmou ao lembrar as dificuldades passadas pelos servidores em prestar um bom serviço à população.

As dificuldades, que por ventura aconteçam neste períod de greve, conforme o Vice Presidente do Sindicato serão analisadas separadamente, conforme tem sido divulgado pelo Governo do Estado.

Por enquanto não há previsão de encerramento da greve.

Fonte: Roberto Weber - Redação RP