Manter representatividade será o principal desafio em 2014

O novo ano que se aproxima oferecerá vários desafios ao município de Tangará da Serra na área política. Em 2014, o eleitor irá às urnas para decidir as majoritárias nacional e estadual, duas vagas na senatória, e também as representações do estado na Câmara Federal e dos municípios na Assembleia Legislativa.

Para os municípios, as eleições se revestem de grande importância. Os prefeitos entrarão no segundo ano de seus mandatos com a obrigação política de apoiarem os candidatos dos seus arcos de aliança. Em caso de triunfo, os investimentos públicos federais e estaduais poderão ganhar vulto. Em caso de derrota, as obras públicas e convênios com as esferas de governo tendem a minguar.

Tangará da Serra tem o PMDB à frente do Executivo e terá, em 2014, o PT na presidência do Legislativo. As duas legendas integram, ao menos até 31 de dezembro do ano que vem, as alianças políticas que habitam no governo do estado e no Planalto.

As novas composições representativas do estado no Senado e na Câmara Federal, obviamente, também interessam ao município. Afinal, dos apoios costurados nas eleições que se avizinham dependerão o volume de recursos advindos de emendas parlamentares, e também a defesa dos interesses do estado e das suas regiões.

Mas é da representatividade na esfera estadual de governo que reside o maior poder de barganha do município no que se refere a investimentos públicos. Para obter duplicações de avenidas, melhores estradas, mais escolas, mais saúde, mais habitação, mais assistência social e outros benefícios do estado, é fundamental que o município goze de representatividade na Assembleia Legislativa.

Tangará da Serra sabe o que é não ter representante na AL. Foram oito anos em dois mandatos – 1999/2002 e 2003/2006 – sem nenhuma representatividade. Na legislatura 2007/2010, o município conseguiu emplacar um representante – o então suplente Wagner Ramos – que assumiu a vaga do cuiabano João Malheiros, que foi pinçado pelo então governador Blairo Maggi para assumir a Casa Civil.

A titularidade de uma cadeira na AL veio em 2010, quando o mesmo Wagner Ramos se elegeu deputado estadual com mais de 32 mil votos.

Manter esta representatividade – e, se possível, ampliá-la - será o maior desafio político de Tangará da Serra em 2014. Com pouco mais de 60 mil eleitores, o município teria, em tese, condições de emplacar até dois representantes na AL. Porém, há de se considerar o índice de eleitores faltosos, que historicamente gira em torno dos 20%, e os votos depositados em candidatos de fora do município. Portanto, há necessidade, por parte dos possíveis candidatos locais, de obter votação nos municípios da região. Tudo dependerá da capacidade de mobilização dos candidatos e da disposição dos eleitores. O resultado virá através das urnas, no próximo dia 05 de outubro.

Fonte: Sérgio Roberto - Redação Acontece MT