O debate ocorreu nesta segunda-feira (01.04) durante o simpósio Escola Estadual Militar Tiradentes – Expansão pelo Interior do Estado, realizado pela Seduc em parceria com a PM.
Profissionais da educação, pais e alunos se reuniram, nesta segunda-feira (01.04), no auditório da Assembleia Legislativa, para discutir a expansão da escola militar em Mato Grosso. O debate ocorreu durante o simpósio Escola Estadual Militar Tiradentes – Expansão pelo Interior do Estado: Conquistas, Avanços e Desafios, realizado pela Secretaria de Estado de Educação em parceria com a Polícia Militar.
Entre as palestrantes do simpósio, a Secretária de Estado de Educação, Marioneide Kliemaschewsk, falou sobre as escolas militares implantadas na rede estadual. Atualmente são oito escolas militares, sendo sete da Polícia Militar, que estão localizadas nos municípios de Cuiabá, Confresa, Sorriso, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Juara e Rondonópolis (em fase de implantação), e uma do Corpo de Bombeiros, em Alta Floresta.
“A ampliação das escolas militares vem ao encontro das demandas decorrentes dos municípios e de toda uma sociedade. O fator preponderante dessa demanda é que a escola militar passa por alguns princípios básicos na área pedagógica que são referência em relação à qualidade da educação, promoção de práticas que defendam valores, combate à indisciplina e à violência e organização metodológica didática”.
Conforme destacou a secretária, a Seduc, em parceria com a PM e o Corpo de Bombeiros, vem desenvolvendo um trabalho voltado para a melhoria da qualidade da educação e o objetivo do simpósio é fazer com que a sociedade, de uma forma geral, conheça um pouco mais desse trabalho.
“Nosso objetivo é buscar uma educação que atenda a necessidade de qualidade na educação, ou seja, de buscar que as nossas crianças tenham realmente a proficiência necessária, conforme preconiza o artigo 205 da Constituição Federal, que é a ‘Educação é um direito de todos e é um dever do estado, da família e da sociedade civil organizada’”.
O diretor de Ensino, Instrução e Pesquisa da PMMT, coronel Ronelson Jorge de Barros, ressaltou que o objetivo do simpósio é discutir e fazer com que a sociedade compreenda o funcionamento das escolas militares, bem como combater alguns preconceitos que ainda existem com relação às mesmas.
“A polícia militar entende que as escolas militares são de extrema importância para a formação de bons cidadãos e esse reconhecimento vem sendo alcançado de ponta a ponta em nosso Estado. Sentimos isso pelas solicitações de diversos municípios que nos procuram na busca para se efetivar a sua criação. Posso dizer que é um case de sucesso, pois todas as escolas têm excelente avaliação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e mais do que isso temos a convicção de que além de formar bons alunos, formamos bons cidadãos”.
Em sua palestra, a subsecretária de Fomento às Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar Márcia Amarilio da Cunha Silva, explicou o objetivo da implantação da subsecretaria no Ministério da Educação.
Segundo ela, a pasta tem a missão de criar, gerenciar e coordenar programas nos campos didáticos pedagógicos e de gestão educacional que considerem valores cívicos, de cidadania e capacitação profissional necessários aos jovens. “Nosso objetivo é promover a adesão do modelo de escola nos padrões de ensino e modelos pedagógicos empregados nos colégios militares do exército, polícias militares e corpo de bombeiros, mas com adesão voluntária, atendendo, preferencialmente, escolas em situação de vulnerabilidade social”.
Ela destacou ainda que, conforme diagnóstico feito pela subsecretaria sobre as das escolas militares, atualmente, existem no país 234 escolas militares, sendo 15 federais, 5 municipais, 11 privadas e 203 estaduais.
A presidente da Comissão de Infância e Juventude da OAM-MT e da Comissão do Instituto Brasileiro de Direito da Família em Mato Grosso, Tatiana Barros Ramalho, palestrou sobre a Gestão Militar das Escolas Tiradentes – Importância cidadã da PM no ambiente educacional e aspecto legal.
Fonte: Rosane Brandão | Seduc-MT