ARTIGO - A verdade e o Falso

*Dra. Rebeca de Jesus*

Não é difícil se deparar com algo falso nos dias de hoje. Apesar do meu engajamento em escrever teses técnicas do direito, é na política onde vejo a maior necessidade de opinar. Mas não uma opinião tomada de rancor, mas necessária para levar informação ao máximo de pessoas possível.

Durante muito tempo andávamos com uma opinião sussurrada em nossos ouvidos, por todos os meios de comunicação possível. Hoje podemos e devemos ouvir vozes diferentes, que por um simples acesso, são fáceis de encontrar via “Youtube”.

A questão é: todas essas vozes falam a verdade dos fatos. Quando alguém repassa a informação como telefone sem fio, deturpando aquilo que era real, está sim dando um falso testemunho.

Na Legislação foi prevista no artigo 342 do Código Penal. Na Bíblia é o nono mandamento.

Essa necessidade de não corromper a história, o caráter de alguém, perdeu tanto o valor que quase não se vê ninguém falando sobre isso.

Em pensar que antigamente um homem era respeitado pela sua palavra. Para onde iremos se continuarmos a desprezar àquilo pelo que nossos antepassados tanto defendiam? Um pai de família empenhava sua palavra ao fazer um compromisso. O testemunho no tribunal era uma prova absoluta.

A pós modernidade jogou velhas e confiáveis posturas no rol do esquecimento, trocando as lentes da verdade pelo óculos da relatividade.

Eu convoco todos os leitores: reflitam, se assim como eu, por vezes não esqueceram de enfatizar o quão importante é prezar pela verdade. Verdade em palavras, verdade ao relatar fatos, verdade em não aumentar nem diminuir um ocorrido, verdade em dar valor ao que foi feito e por quem foi feito.

Sempre faço esse apelo, que voltemos às boas práticas do passado, nos abrigando e referenciando naquilo que nos foi ensinado pela história dos nossos ancestrais. Em certas coisas, eles valiam mais do que nós.

*Dra. Rebeca de Jesus é Advogada Tributarista.