“Importância e persistência”: PL das Vacinas unifica discursos e ideologias no Senado

Senador Wellington Fagundes, autor da matéria, é considerado um dos maiores articuladores do Congresso Nacional

O Projeto das Vacinas, nome dado ao PL 1343/21, de autoria do Senador Wellington Fagundes (PL-MT), não só deve ter a capacidade de alterar a realidade sanitária do país, ao permitir a produção de 400 milhões de doses de vacinas contra a COVID-19 por indústrias de saúde animal, como também de direcionar a política brasileira, de forma unânime, à resolução de um problema que já acometeu, fatalmente, mais de 500 mil brasileiros.

O conhecido embate partidário do Parlamento foi temporariamente desfeito, segundo os próprios senadores que aprovaram a matéria nesta quarta-feira, 23, em prol da solução a um conflito maior: a pandemia. Tudo isso, segundo os parlamentares, por conta da insistência de Wellington em provar que a medida era capaz de se transformar em realidade.

“Foi determinante a sua atuação e sua persistência, porque poucos acreditavam na possibilidade de utilização dessa plataforma industrial da vacina veterinária para a vacina humana. E hoje a gente percebe a possibilidade disso. Esse é o desejo de todos nós, de ver todo o povo brasileiro, crianças, jovens, idosos com a vacina no braço”, comemorou o relator da matéria, senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

O senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) considerou o projeto como uma “felicíssima ideia”. “Quero cumprimentar de forma muito efusiva a pertinência da matéria, a perseverança do seu autor e o quão serão valiosas, dessa iniciativa, a presença das plantas industriais de fabricação das vacinas veterinárias sendo utilizadas para a produção de vacinas humanas”.

O catarinense Esperidião Amin (PP-SC) falou em nome dos integrantes da Comissão da Covid-19 no Senado, da qual Wellington Fagundes é relator: “Quero, em nome dos integrantes da comissão da COVID, me congratular com a sua perseverança, no convencimento a todos nós e na percepção de que nós temos um “senhor” parque industrial no Brasil, facilmente adaptável para as necessidades desta guerra: a guerra para produzir vacinas; de que a nossa energia, solidariedade e determinação podem contribuir para reduzirmos a dor do povo brasileiro”, destacou.

Jean Paul Prates (PT-RN), ao citar uma matéria aprovada anteriormente ao projeto de Wellington, deu graças ao que chamou de um novo modo de fazer política. “Viva essa nova política, dessas novas alianças antes improváveis. Acho que a gente vai se acostumar cada vez mais a nos ver juntos nessas grandes causas”, chancelou.

CONCILIADOR

Desde sua posse no Senado, em 2015, Wellington Fagundes é considerado um notável articulador. Em 2017, Wellington Fagundes figurou entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, em lista elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Na categoria "Os Cabeças do Congresso Nacional”, se destacou na subcategoria “Articuladores/Organizadores”, como referência nos temas economia e desenvolvimento regional.

Em 2019, a consultoria Arko Advice divulgou a relação de deputados federais e senadores que integram a Elite Parlamentar de 2019. De Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PL) era o único na lista e apareceu na condição de “líderes informais” – parlamentares que possuem qualificação específica para debater temas tais como: assuntos jurídicos, infraestrutura, economia, entre outros.

Além de relator da Comissão da Covid-19 no Senado, Wellington é vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Municípios, foi presidente da Comissão Externa do Pantanal (à época das tragédias de 2020), preside também a Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura, é líder do Bloco Parlamentar Vanguarda (DEM-PL-PSC) e já relatou diversos temas quando da aprovação das leis de Diretrizes Orçamentárias.

Da Assessoria