Mauro evita falar em quem vai apoiar para vaga de Selma

Durante a inauguração da Avenida Parque do Barbado, em Cuiabá, na manhã de ontem, o governador Mauro Mendes evitou dizer sobre quem apoiaria nas eleições suplementares ao Senado – que devem ocorrer em Mato Grosso no 1º semestre deste ano em razão da cassação da juíza aposentada Selma Arruda (Podemos). Mendes explicou que não vai “perder tempo com especulações políticas”, pois, em sua análise, ainda “não sabemos quem serão os candidatos”.

“Eu só vou me posicionar a respeito do processo eleitoral assim que o jogo estiver definido. Senão eu estaria contribuindo enquanto governador para especulações. Eu tenho muitas ações no dia a dia, reais e concretas, e eu não preciso perder o meu tempo fazendo ainda especulação política. E nós ainda não sabemos quem serão os candidatos e quando a eleição irá acontecer de fato”, disse.

Mesmo sem revelar quem irá apoiar no processo eleitoral, porém, Mauro Mendes, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), interpôs uma ação no último dia 7 de janeiro no Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo a posse no cargo do terceiro colocado nas eleições ao Senado de 2018 – o ex-vice-governador Carlos Fávaro (Podemos). Indagado sobre o assunto, o governador minimizou a iniciativa, dizendo que “não pediu a posse do [Carlos] Fávaro” e sim a assunção do “terceiro colocado”.

“Entramos com uma ação dizendo que Mato Grosso não pode ficar sub-representado. Não pedi pela posse do [Carlos] Fávaro. Pedi pela posse do terceiro colocado que, consequentemente, é o Carlos Fávaro, que foi candidato ao Senado na época”, frisou o governador, citando que o Senado é a Casa Legislativa em que Mato Grosso está em igualdade de representação com os demais Estados. “Na Câmara estamos em defasagem. Enquanto temos 8 deputados federais, São Paulo, por exemplo, tem mais de 60”.

O Chefe do Poder Executivo de Mato Grosso confirmou, ainda, que o atual vice-governador, Otaviano Pivetta (PDT), também vem “construindo” sua candidatura ao Senado. Mauro Mendes disse que Pivetta “conversou” com ele e expressou seu “desejo” de ingressar no Congresso Nacional.

“Meu desejo é que ele pudesse continuar no Governo, porque ele é um grande companheiro, grande político, e uma pessoa honesta, dedicada e que tem contribuído muito com o Governo”, afirmou Mendes. “Eu sempre fui e sou alguém que respeita a vontade das pessoas. Se for um desejo dele de concorrer ao Senado, saberei respeitar”, concluiu.

O Tribunal Regional Eleitoral definirá no próximo dia 22 de janeiro o calendário eleitoral para a eleição suplementar ao Senado. A equipe técnica do órgão recomendou que seja no dia 26 de abril, considerado tempo suficiente para preparação do TRE e dos partidos para o pleito.

Fonte: Reportagem Diário de Cuiabá