Pivetta entra na disputa por vaga de Selma

Vice-governador garantiu que irá participar da disputa pela vaga da senadora Selma Arruda, que teve o seu mandato cassado

Os interessados em disputar a eleição suplementar rumo ao Senado Federal no próximo ano já estão se articulando para viabilizar as candidaturas. Nesta semana, o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) garantiu que irá participar da disputa pela vaga da senadora Selma Arruda (PSL), que teve o seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral no início do mês.

Para tanto, o pedetista já tem buscado pessoas mais próximas para construir a sua candidatura. No entanto, afirma que só vai intensificar as articulações a partir do mês de janeiro.

A sua “pré-candidatura”, entretanto, pode dificultar a vida do governador Mauro Mendes (DEM), uma vez que o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD) já manifestou o seu desejo de encarar o pleito.

Recentemente, o chefe do Executivo Municipal disse que a tendência é que ele mantenha o mesmo posicionamento de 2018. Na oportunidade, Fávaro disputou a eleição para senador na chapa de Mendes.

“Ele me apoiou em 2018 e eu o apoiei. Nós estivemos juntos, ele foi o terceiro colocado. Vamos ver quais serão os candidatos, mas, a princípio, não tenho motivo para mudar a opinião que tinha em 2018. Coerência é importante para as pessoas no dia a dia. Mas isso é uma decisão que tomaremos quando o processo for oficialmente deflagrado”, disse o governador.

Fávaro ficou em terceiro lugar na eleição ao Senado no ano passado. Ele tentou judicialmente ficar com a vaga da Selma diante da cassação, mas o seu pedido foi rejeitado tendo em vista que toda a chapa da ex-magistrada foi cassada, e ainda restam mais de 15 meses para encerrar o mandato.

Diante disso, o social democrata já está se articulando junto as suas bases para conseguir o apoio necessário e encarar a disputa novamente.

A eleição suplementar será realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) devido à cassação do mandato da senadora Selma Rosane de Arruda e sua chapa.

Outro que está sendo cotado é o ex-governador Pedro Taques (PSDB). Derrotado nas urnas em 2018, quando buscou a reeleição, o tucano está afastado da política e tocando o seu escritório de advocacia.

Apesar de ter o seu nome ventilado para a eleição a senador, Taques ainda não confirma o interesse. No ninho tucano, contudo, ele não é o único que pode vir a entrar na disputa.

O ex-deputado federal Nilson Leitão também tem tido o seu nome cotado. O ex-parlamentar disputou a eleição ao Senado Federal em 2018 e teve um resultado pífio, ficando na quinta colocação.

Já na Assembleia Legislativa há, pelo menos, cinco parlamentares interessados na vaga de Selma. A informação é da deputada estadual Janaína Riva (MDB).

Segundo ela, já manifestaram intenção de concorrer os deputados Elizeu Nascimento (DC), Lúdio Cabral (PT), Max Russi (PSB), Silvio Fávero (PSL) e Dilmar DalBosco (DEM).

“Dificilmente vamos conseguir aqui no parlamento uma candidatura única. Não vejo como trabalhar isso dentro da Assembleia, até porque não sabemos quem serão os candidatos. Quem sabe, lá na frente, os deputados percebam que pelo período curto da eleição, um só candidato teria mais viabilidade, mas chegar a um consenso é difícil. Na Assembleia é quase impossível”, afirmou.

A Capital também não deve ficar de fora. O vereador Mário Nadaf (PV) já comunicou ao presidente Municipal do Partido Verde (PV), vereador Marcos Veloso, que disponibiliza seu nome ao pleito eleitoral do Senado.

“Estou pronto para dar um passo a mais, agora em prol de Mato Grosso”, afirma o parlamentar.

Além destes, o Progressistas promete trabalhar no convencimento do ex-senador Blairo Maggi para que ele encare a disputa. Ele, entretanto, ameaça se desfiliar do partido para afastar os burburinhos de que ele irá disputar a eleição.

Por outro lado, ele afirma que irá propor que as lideranças do agronegócio debatam a possibilidade do setor apoiar uma única candidatura para conquistar a vaga deixada por Selma Arruda (Podemos) no Senado.

A senadora Selma Arruda teve a cassação de seu mandato confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite da última terça-feira, dia 09. Ele já havia sido condenada a perca do mandado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em abril deste ano por caixa 2 e abuso do poder econômico na eleição do ano passado.

Apesar disso, a ex-magistrada ainda segue no cargo até a publicação do acórdão. A tendência é que ela recorra da decisão dentro deste período. No entanto, a legislação determina que ela aguarde o julgamento de um eventual recurso fora do cargo.

Fonte: KAMILA ARRUDA
Reportagem Diário de Cuiabá