Informalidade representa 36% da população ocupada de MT

Das mais de 1,6 milhão de pessoas com alguma ocupação no Estado no primeiro trimestre desse ano, 36% delas estão na chamada ‘informalidade’, percentual que indica que mais de um terço dos ocupados trabalham sem garantias e nem geram tributos. A taxa é a segunda maior do Centro-Oeste, atrás apenas da variação percebida em Goiás, em 37,3%. A média mato-grossense está em linha com a observada no país em 36,3%.

A taxa que traz como referência a classificação de ‘informalidade’ é constituída de empregados que não possuem vínculos com a empresa nas quais trabalham, além de empregadores e trabalhadores por conta própria, cujas empresas não estão registradas no CNPJ e que não contribuem para a Previdência Social do país. Em Mato Grosso esse indicador corresponde à 593 mil pessoas. Em Cuiabá são 90 mil pessoas e taxa de 30,06%. No interior a taxa é de 36,4% com 439 mil pessoas na informalidade. Os dados fazem parte de um levantamento feito a partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

A informalidade, conforme o levantamento, no interior é maior que nas regiões metropolitanas, mas isso só não acontece nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Quanto à proporção dessa população, o país tem 13 estados com pelo menos metade de seus trabalhadores do interior em condições informais. Todos esses locais estão no Norte e Nordeste, sendo que o interior do Amazonas tem o maior percentual, com 71,7% de informais. Já o interior de Santa Catarina tem a menor taxa, com 19,4% de seus ocupados na informalidade.

O Amazonas também é o estado com a maior diferença de trabalhadores informais na comparação entre interior e região metropolitana, seguido por Sergipe, Ceará, Piauí, Bahia e Paraíba.

PNAD EM MT – A PNAD Contínua visita mais de 5 mil domicílios por trimestre, em Mato Grosso, o que mensalmente, gera uma média de 1.840 domicílios coletados, cerca de 5.519 domicílios no trimestre, distribuídos em 407 setores com uma cobertura de 93 municípios do Estado, dentre o total de 141 municípios.

Destes 407 setores, 314 são urbanos e 93 são rurais. A rede de coleta para a PNAD Contínua envolve 16 agências em Mato Grosso. A agência de Cuiabá concentra o maior número de setores visitados, com uma média de 85 no trimestre, seguida pelas agências de Rondonópolis, com 53 setores e de Várzea Grande, com uma média de 52 setores, distribuídos pelos municípios de sua jurisdição. Em todo o Estado, há cerca de 70 pesquisadores envolvidos na pesquisa.

Fonte: MARIANNA PERES Reportagem Diário de Cuiabá