Falta de repasses força APAE a tomar medidas drásticas para manter serviços

Outras medidas já foram tomadas, mas crise ainda persiste

Um dos assuntos mais recorrentes atualmente é a crise que assola vários setores e segmentos, o que infelizmente acabou recaindo também sobre instituições educacionais. Esse é o caso da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Tangará da Serra (Apae), que enfrenta momento de grande dificuldade, o que forçará a diretoria administrativa a tomar medidas severas para amenizar a situação. A notícia foi repassada pela própria presidente da instituição Clarice Grapeggia à redação do Diário da serra.

Segundo a presidente, as dificuldades enfrentadas pela escola não são de hoje, mas infelizmente foram agravadas nesse ano por falta de um convênio no valor de R$ 380 mil que até o momento não foi revalidado.

De acordo com Clarice, o convênio é estadual e até agora não há nenhuma posição quanto a sua revalidação, e, por esse motivo, para fazer um enxugamento nos gastos, uma das decisões será a paralisação do transporte de alunos, que de agora em diante deverá ficar por conta dos pais.

Outra medida a ser tomada em breve, conforme Grapeggia, será a demissão de alguns funcionários.

Ainda segundo a presidente, outras medidas já foram tomadas em busca de amenizar o problema, mas elas não deram o resultado esperado, e, portanto, essas outras serão necessárias. “Nós tínhamos esse convênio com o estado que durou dois anos e venceu em outubro, e até agora não tivemos nenhuma sinalização de renovação. Temos aqui funcionários que são pagos com esse convênio, e se ele não for revalidado, não temos como manter os pagamentos dos mesmos e isso não é certo. Por isso, teremos que fazer essas adequações, lembrando que assim que as coisas forem normalizadas, esses funcionários serão novamente trazidos de volta”, frisou Clarice bastante emocionada. “A comunidade sempre nos ouviu dizer que estávamos passando por necessidades, e sempre demos um jeito, mas dessa vez não temos o que fazer, infelizmente”, ressaltou.

Apae Energia pode ajudar a amenizar situação de escola

Embora muitas pessoas pensem que a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) seja de responsabilidade do Estado e Município, isso não é verdade. Ela é uma instituição fundada por pais e amigos e vive de doações, o que não impede que o Município ajude, mas não é sua competência. Em Tangará da Serra recentemente um convênio foi assinado entre a Apae e o Município e em breve o dinheiro deverá ser repassado à casa, mas ele ainda será insuficiente.

De acordo com a presidente, Clarice Grapeggia, várias foram as sugestões em busca de soluções, mas, em sua grande maioria, elas serão a longo prazo, e isso, a escola não tem. Buscando de forma mais rápida obter retorno, em breve a Apae sairá às ruas em mutirão, em busca de reforçar o Programa Apae Energia, que atualmente contribui de forma substancial com os gastos da escola, com a média de R$ 9 mil mensais. Para isso, serão no mínimo dois dias a menos de aula na escola, quando todos os funcionários estarão nas ruas buscando apoio da comunidade e, solicitando aos munícipes que já participam doando, que reforcem a doação e convidando outros que ainda não o fazem, a ajudar. “Nosso desejo é dobrar ou triplicar esse valor, então, se quem doa um real passar a doar dois ou mais isso já pode acontecer. Lembrando que a pessoa pode desistir da doação quando quiser”, ressaltou. “Precisamos imensamente da ajuda da comunidade e apelamos para que nos ajudem, por favor. Com a doação na conta de energia é uma forma rápida de levantar fundos. É seguro e nos ajuda demais”, convoca a presidente.

Fonte: Rosi Oliveira - Redação DS