Pacto de Proteção da Cabeceira do Pantanal é apresentado aos vereadores

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sepotuba apresentou aos vereadores tangaraenses o Pacto de Proteção da Cabeceira do Pantanal. A apresentação foi na tarde de quarta-feira, dia 30, no Plenário vereador Daniel Lopes da Silva. Na mesma reunião o superintendente de Gestão Ambiental da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional Jair Kotz apresentou o programa Cultivando Água Boa.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Luiz Henrique Barbosa Matias (PTB), agradeceu ao presidente do Comitê Décio Eloi Siebert por ter atendido o convite e ressaltou a importância do Pacto pela Proteção da Cabeceira do Pantanal.

“Estamos numa luta para fazer esse enfrentamento do passivo ambiental do nosso município e o Décio tem sido um parceiro muito grande e a Câmara tem dado essa sustentação política também às ações que ele tem feito pelo Comitê. E o Décio intermediou a vinda do Jair aqui, que é uma pessoa importantíssima em nível nacional, como superintendente da Itaipu Binacional, e nessa oportunidade consegui que ele nessa vinda a Tangará pudesse vir à Câmara fazer a apresentação aos vereadores”, afirmou Luiz Henrique.

Segundo Décio Siebert, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sepotuba a realização dos debates na região de Tangará da Serra é motivada pelo volume de produção de água da região, que representaria 30% das águas do Pantanal. “Essa região, como um grande contribuinte, como sendo a caixa d´água do Pantanal é bem representativa e faz parte desse trabalho. E o Comitê, juntamente com WWF, várias entidades e agora o WWF tendo convidado a Itaipu Binacional a engajar-se nesse trabalho”, explica Siebert.

O PACTO – De acordo com o Comitê, o Pacto de Proteção da Cabeceira do Pantanal é um compromisso que será firmado por dez representantes do setor público, dez representantes da sociedade civil e 10 representantes dos usuários de água, organizado pelo Comitê da Bacia do Sepotuba com apoio da WWF Brasil, TNC, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), instituições e órgãos públicos e, em Tangará da Serra, com o apoio da Câmara Municipal.

O objetivo do pacto é proteger e recuperar as nascentes da região. “Assim como nós temos uma crise de água no Rio Queima-Pé, como nós vemos o baixo nível do Rio Sepotuba, quando passamos no Rio Paraguai é triste ver a realidade de volume de água. Isso faz com que o Pantanal cada vez sofra mais.(...) Então o que se pretende com o pacto é juntar todos os segmentos, setor público, sociedade e usuários de água e juntos construir um trabalho visando aumentar a água em quantidade e qualidade para todos os usos que são necessários”, conta Décio Siebert.

OS COMPROMISSOS – Para alcançar esse objetivo, porém, não há ações definidas ainda. Isso, segundo Siebert, faz parte do modelo de planejamento adotado. A escolha das prioridades acontecerá durante o trabalho dos representantes dos membros escolhidos para representar o setor público, a sociedade civil e os usuários de água.

“(Os termos do pacto) vão ser construídos em conjunto. Vai começar a partir de novembro. Então, constituído o pacto, todos os segmentos que participarão definirão. (...) Então vamos, assim como na experiência da Itaipu, primeiro ouvir a comunidade e depois aplicar o que precisa ser feito. O que nós pretendemos é buscar, inclusive baseados nesse trabalho que já é desenvolvido pela Itaipu, aplicamos aqui para a nossa região. Então vamos ver os anseios da nossa população, vamos ver quais são as necessidades e em cima disso estabelecer as metas”, conta Décio.

Marcos Figueiró
Assessoria de Imprensa