“A Funai tem o poder de acompanhar e fiscalizar. Se a comunidade indígena faz uma denúncia dessas por escrito a gente fiscaliza e acompanha, mas até o momento ainda não houve nenhuma denúncia por escrito. Se fizerem a Funai vai tomar providências”, explica o coordenador.
Aldenir revela que a coordenação local tem contato diário com as aldeias e que nestes contatos recebe reclamações individuais. “Às vezes a gente chega numa aldeia e tem uma ou duas pessoas que reclamam, mas não é a comunidade que está reclamando. Reclamam um ou dois, às vezes é questão pessoal. Por isso que eu falo pra você, precisamos é de um documento que seja assinado pela comunidade, para que essa denúncia não venha como um caso pessoal”, explica.
O coordenador diz que existe uma certa cautela quanto às reclamações em função de que antes da empresa contratada a Saúde Indígena era gerenciada por um associação administrada pelos próprios índios. “Era uma associação indígena, e eles faziam a Saúde conforme precisavam e viam que era necessário. E hoje está nas mãos de outras pessoas que são de uma cultura totalmente diferente”, diz Aldenir ao explicar que a empresa que venceu a licitação da Funasa, mesmo que já tenha experiência com outras comunidades indígenas, deverá ter certa dificuldade já que cada cultura, mesmo que seja indígena, é diferente uma da outra.
A Funai garante que caso a denúncia seja formalizada, por escrito, passará por uma avaliação. Se o caso for grave a própria coordenação regional, em Cuiabá, tem poderes para intervir junto a Funasa para que ocorram as consequências necessárias para que o atendimento aos índios em Tangará da Serra seja adequado. Se a situação não for de urgência, a coordenação regional repassa o problema à Funai em Brasília, para que o caso seja analisado pela Funasa.
Fonte: Redação Diário da Serra