A cidade

Bandeira de Tangará da Serra
É de autoria do professor Arcinóe Antonio Peixoto de Faria, heraldista e vexilologista da Enciclopédia Heráldica Municipalista. É tecida em faixas: as faixas externas são verdes e a faixa central é branca, carregada de sobre-faixa vermelha, a qual é parte do vértice de um triângulo isósceles branco figurado na tralha, onde o brasão municipal representa a própria cidade, sede do município. O triângulo é simbolo de liberdade, igualdade e fraternidade.

Brasão de Tangará da Serra
É outro simbolo do município de Tangará da Serra. Tem a seguinte interpretação simbólica:
  • O escudo clássico flamengo-ibérico é um evocativo do povo colonizador e formador da nacionalidade brasileira;
  • A coroa mural que sobrepõe o símbolo universal dos brasões do domínio é composto de seis torres, apenas quatro visíveis. Classifica a cidade representada na "Terceira Grandeza", séde do município;
  • O metal prata do campo de escudo é o símbolo da paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza e religiosidade;
  • Os pássaros da espécie "Tangará" lembram o nome próprio que a cidade ostenta;
  • A pedra de gólis, vermelha, representa a Pedra Solteira, localizada na Serra Tapirapuã, acidente geográfico que se destaca como baliza natural localizada na divisa com o município de Nova Olímpia, local de referência para quem se dirige a Tangará da Serra;
  • As algemas abertas de argento, prata, são uma alusão ao dia 13 de maio, data da Libertação dos Escravos e que assinala também a Emancipação Político-administrativa de Tangará da Serra em 1976, data em que se comemora o aniversário do município.
  • O Café, produto que mobilizou muitos migrantes para ocuparem a localidade de Tangará da Serra.

HINO DE TANGARÁ DA SERRA
Foi declarado oficial pela Lei nº 361 de 24 de junho de 1988. É composto de tres estrofes e um estribilho. Cada estrofe possui oito versos e o estribilho quatro versos.

Letra: Fábio Martins Junqueira 
Música: Hermes Silva Lucas

Berço Altivo porta de nobreza 
Fulgurante em teu seio sutil 
És um canto inspirando grandeza 
No imenso solo do Brasil. 
O teu povo que luta confiante 
Nas promessas que este solo dá 
Pois a luz dos campos verdejantes 
Retrata o teu renome Tangará

Estribilho 
Tangará, Tangará! 
Mavioso pássaro que voa 
Retumbante a pedra solteira 
Que está divisando esta terra tão boa.

Mato Grosso contempla teu gesto 
De amparo e de fraternidade 
Sem rancor e sem canto funesto 
Todos com a mesma igualdade 
De beleza teus campos se exaltam 
Em suas matas a grandeza se encerra 
Deus te deu altivez tão farta 
Na riqueza que traz tua Terra.

Os teus rios com águas tão claras 
Fascinando esta natureza 
È um conjunto de altivez tão rara 
Confinado de augusta beleza 
Tangará, sublime Tangará 
O teu nome é emblema de vida 
Dos frutos deste solo tão rico que traz 
Aos meus filhos oh! Terra querida.


Localização:

Tangará da Serra está localizada na Região Sudoeste do Estado de Mato Grosso conhecida como Médio Norte está a 240 quilômetros da capital de Cuiabá. Latitude 14º 37' 10'' S - Longitude 57º 29' 09'' W, estando a uma altitude de 38 metros em relação ao nível do mar.

Os limites do município são:

- Norte: Sapezal, Campo Novo do Parecís e Nova Marilândia.
- Sul: Barra do Bugres, Salto do Céu, Reserva do Cabaçal e Vale de São Domingos.
- Leste: Santo Afonso, Denise e Nova Olímpia.
- Oeste: Conquista D'Oeste e Campos de Júlio.

Distâncias das Cidades:

. Alto Paraguai - 120 km
. Arenápolis - 81,4 km
. Barra do Bugres - 70 km
. Campo Novo dos Parecis - 151,7 km
. Denise - 73,6 km
. Nortelândia - 86,6 km
. Nova Olímpia - 34,6 km
. Sapezal - 220 km
. Diamantino - 150 km
. Campos de Júlio - 280 km
. Comodoro - 340 km
. Brasnorte - 335 km
. São José do Rio Claro - 320 km
. Cuiabá - 240 km
. Brasília - 1.375 km
. São Paulo - 2.032 km

Quem descobriu Tangará da Serra?

Os senhores Júlio Martinez, Dr. Fábio Licere e Joaquim Oléa findaram a SITA- Sociedade Imobiliária Tupã para a agricultura que, atraídos pela excelente condição de clima e solo fértil, implantaram o loteamento Tangará da Serra.

Quem projetou Tangará da Serra?

O projeto da cidade foi elaborado no ano de 1962 por Américo Carnevali, arquiteto de Tupã, interior de São Paulo, onde residiam os proprietários da SITA. Planejado para ocupar a Gleba Santa Fé o núcleo urbano previa ruas largas, um total de 168 quadras com dezesseis lotes cada, tendo como marco zero o Centro Cívico.

FOTOS
Imagem aérea de Tangará da Serra
Cristo Redentor
Prefeitura Municipal de Tangará da Serra
Memorial dos Pioneiros
Área Urbana

A Área Urbana do município possui 9.514.474,58 m², com 92 loteamentos divididos em 07 Macro-Setores (Lei Municipal 2.359/05).

Extensão Territorial

Segundo o IBGE a extensão territorial de Tangará da Serra é de 11.636,825 km² [2021], sendo 53% do território (6.124 km²) ocupados por reservas indígenas. Altitude: 423 mts., Clima: Tropical Úmido e Fuso horário: UTC-4.

A população indígena de Tangará da Serra é composta por 950 índios da etnia Paresi.

População

A população do município de Tangará da Serra, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 106.434 em 2022.

O número de eleitores no município é de 65.723 (Aptos), 33 locais de votação e 205 seções eleitorais. O quinto eleitorado de Mato Grosso, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral.

Religião

Conforme dados do Censo de 2010, realizado pelo IBGE, a população tangaraense é formada por católicos apostólicos romanos (64,03%), evangélicos (23,86%), sem religião (6,82%), tradições indígenas (1,50%), espíritas (1,02%),testemunhas de Jeová (0,62%), umbanda e Candomblé (0,17%), ateus (0,16%), católicos apostólicos brasileiros (0,10%,budistas (0,07%), Tradições Esotéricas (0,03%), espiritualistas (0,01%) e católicos ortodoxos (0,01%).

Política

De acordo com a Constituição de 1988, Tangará da Serra está localizada em uma república federativa presidencialista. A administração municipal se dá pelo Poder executivo e Poder legislativo.

O Poder legislativo é constituído pela câmara municipal, composta por 14 vereadores eleitos para quatro anos de mandato. 

O município é regido por Lei Orgânica. A cidade é ainda a sede de uma Comarca..


HISTÓRIA DE TANGARÁ DA SERRA

                      
Na década de 60: os caminhos eram íngremes, obstáculos de difícil travessia, animais ferozes espreitando junto às picadas abertas por pioneiros para ligar suas terras ao povoado. Chegavam caravanas de toda parte, trazendo consigo famílias inteiras, a maioria procedente do Paraná, São Paulo e Minas. Desembarcavam, abriam uma clareira e erguiam um rancho, plantavam o essencial à subsistência e iniciavam a derrubada da mata para o cultivo do milho, auxiliar indispensável na criação de suínos.

Agrimensores embrenhados nas matas com os demais funcionários da Companhia de Terras descobriram, a cada dia, um novo riacho, aos quais lhes davam nomes; localidades que até hoje mantém as mesmas designações daquele tempo.

A tarefa era difícil, mas havia alegria no semblante de todos. Trabalho árduo que sempre culminava com algum tipo de festa, pois estavam eles construindo o futuro sem saber iam deixando, oralmente, narrativas como foram os primeiros anos de Tangará da Serra e quais eram os precursores.

Tangará da Serra, como outras cidades da região, viveu alguns ciclos importantes da economia nacional, e a lavoura cafeeira teve sua importância no seu desenvolvimento, além do milho, arroz e depois da soja, à qual se proliferou pela região e acabou se tornando, anos mais tarde parte do mundo que mais produz esse cereal. Décadas de 70 e 80: época da criação da maioria dos municípios mato-grossenses e abertura de vastas fazendas que impulsionaram o progresso e a ocupação definitiva das terra dos Parecis.

Desde o primeiro pioneiro até os acontecimentos mais recentes, Tangará da Serra preza-se por ter sua trajetória traçada por homens que souberam valorizar sua terra e sua gente, não esquecendo jamais os valores humanos e sem deixar de contar sempre com a disposição de seus moradores.

Tanto na vida política como religiosa a cidade teve inúmeras celebridades. Homens simples tinham censo aguçado de responsabilidade, que ergueram sua comunidade e levantaram monumentos que hoje a enobrecem.

Além disso, o maior patrimônio tangaraense é seu próprio povo: um legado de famílias que, ao longo dos anos, desde 1959, quando Joaquim Aderaldo de Souza iniciou a colonização das terras adquiridas pela SITA, até o último ato, que continua acontecendo em todo momento. È com homens e muito trabalho que se constrói uma cidade.

O Município de Tangará da Serra, no exuberante divisor das águas das bacias Amazônica e do Prata, originou-se em 1959, emergente do antigo povoado surgido pelo loteamento das glebas Santa Fé, Esmeralda e Juntinho, localizadas no município de Barra do Bugres.

Os senhores Júlio Martinez, Dr. Fábio Licere e Joaquim Oléa findaram a SITA- Sociedade Imobiliária Tupã para a agricultura que, atraídos pela excelente condição de clima e solo fértil, implantaram o loteamento Tangará da Serra.

Antes, porém, o Marechal Cândido Rondon já havia palmilhado a região em 1913, auxiliado pelos índios Parecis e Nhambiquaras, quando implantou o telégrafo, estudou a Flora e a Fauna presentes, para fornecer subsídios que seriam utilizados no futuro. Rondon abriu a rodovia que sobe os chapadões dos Parecis, cujas marcas ainda estão presentes: a exemplo de sua casa e uma ponte construída sobre o Rio Sepotuba, no interior do Município de Tangará da Serra, ainda preservadas.

Depois chegaram os extrativistas, atraídos pela Mata de Poaia: planta com propriedades medicinais, que cobria as encostas da Chapada dos Parecis; onde os tributários do Rio Paraguai têm suas nascentes.

Logo após chegaram os madeireiros, devastando a região para ceder lugar aos colonos que derrubaram o cerrado e se iniciaram na agropecuária, atividade ainda tão presente no município: base forte da economia tangaraense.

Inspirados pelo canto macio, cheio, vivo e sonoro do pássaro Tangará ( uma das aves brasileiras mais famosas) foi que os primeiros visitantes da região aliaram o nome do gracioso pássaro à majestosa Serra de Itapirapuã e batizaram a localidade como Tangará da Serra.

Em 1878, Pedro Torquato Leite e sua família, vindos de Cuiabá, fixaram-se junto à barra do Rio Bugres. Ali começou a explorar economicamente uma variedade de planta por nome poaia, cujas raízes possuem alto valor medicinal.

O lugar era ocupado pela tribo indígena Bororó Umutína, atualmente em extinção. Como a investigação pelas cercanias foi satisfatória, ergueu o primeiro rancho e, nas imediações, iniciou o cultivo de lavouras de subsistência. No ano seguinte, assim como Torquato, instalou-se no local junto com a família e alguns camaradas poaeiros, outros aventureiros como Nicolau Gomes da Cruz, Major José Cassiano Corrêa, Capitão Tibúrcio Valeriano de Figueiredo (ex-combatente da Guerra do Paraguai), além de Manoel de Campos Borges e muitos outros.

A partir de então, seguiram-se is ciclos normais de uma localidade, assim como acontece em quase toda colonização. As instituições foram surgindo, como Paróquia local, criada pela Lei nº 145, de 8 de abril de 1896, e ainda as edificações mais apropriadas conforme aumentava o contigente de moradores.

O extrativismo da poaia, borracha e madeira eram a base econômica de Barra do Bugres até então, atividade que exigia a abertura de picadões pela floresta, que fez surgir várias estradas pelo interior.

Diz-se que, em 1908, já havia muitos moradores na localidade, todas empenhadas em iniciar seus próprios negócios, diversificando as atividades econômicas, mesmo antes do Marechal Cândido Rondon instalar uma linha do telégrafo, a qual possibilitou comunicação com o resto do país.

Em 20 de novembro de 1926, passava por Barra do Bugres a Coluna Prestes, quando os moradores resolveram enfrentar os soldados, mas sem armas e adestramento, sucumbiram.

A exploração da madeira e outras riquezas naturais da região estendia-se até a Serra de Itapirapuã, que além dos poaeiros, poucos se arriscavam em concentrar seus afazeres além dela. E assim, Nova Olímpia era localidade derradeira antes da Serra, mas não prosperava devida a falta de infra-estrutura adequada.

Por ocasião da imigração japonesa ao Brasil, através de um acordo Brasil- Japão, uma vasta área de terras foi requerida por Kimoto Fugissawa e outros, que compreendia entre o Rio Sepotuba e a Serra de Itapirapuã ou Bocaiuval, no município de Barra do Bugres, território esse que consta como a planta inicial do Município de Tangará da Serra. Tal área era dividida em 25 glebas, cada uma destinada a uma família japonesa, com exceção de alguns brasileiros.

Ocorreu que, por ocasião da Segunda Guerra, ficando o Brasil e Japão em situações adversas, o projeto de colonização da referida área fora desativada com o requerimento indeferido para os japoneses, ficando apenas os brasileiros credenciados a prosseguiram com suas terras, sendo dessas glebas que se originou a colonização do território tangaraense, a partir de 1954.

Após a corrida pioneira, que se deu entre 1959 e 1963, a região que compreendia as glebas: Juntinho, Santa Fé e Santa Cândida começou a experimentar o sabor do progresso através da convergência de inúmeras famílias para a região continuou fluindo em bom ritmo.

As primeiras rodovias foram abertas manualmente, pois não havia tratores de nenhuma ordem. No cerrado, os próprios pneus dos pequenos carros se encarregaram de demarcar estradas e, com o fluxo constante de veículos no mesmo lugar, estradas acabaram sendo abertas. Tais caminhos interligavam Tangará, Progresso e Afonso, descendo a Serra de Itapirapuã até Nova Olímpia.

A liderança política era exercida por militantes de Nova Olímpia e Barra do Bugres, tendo como líder maior o então Prefeito Wilson de Almeida, residente no Distrito de Nova Olímpia.


ORIGEM DO NOME

Tangará da Serra recebeu esse nome em virtude do pássaro Tangará, pássaro de cores bem definidas e belo canto. O Da Serra foi adotado pelo motivo da cidade estar localizada acima de uma serra, local por onde subiram com muita dificuldade os primeiros pioneiros da cidade, e também local onde o pássaro Tangará foi visto pela primeira vez pelos índios da região, dai surgiu "Tangará da Serra".

PODERES:
Cidades que compoem a Região Geográfica Imediata de Tangará da Serra: 

Fontes: Site da Prefeitura, História de Tangará da Serra (Autor: Prof. Carlos Edinei de Oliveira) e Wikipedia.