ARTIGO - Enfrentamento ao Coronavírus

Discutimos, debatemos, acusamos, defendemos, apoiamos, desconfiamos, brigamos, lutamos, lamentamos e por fim nos rendemos. No início um novo vírus surgia, pouco nos assustava, era distante, era lá na China, não precisamos temer, a letalidade é de 0,6% informa o r7, tem os sintomas de um resfriado, é mortal para idosos e pessoas com doenças crônicas, deixemos a histeria de lado, não precisa pânico. O Brasil não pode parar. Um eleito disse: “é apenas um resfriadinho uma gripezinha”. Momentos como esse nos fazem refletir sobre a importância da ciência, da educação e o papel do Estado diante de uma crise. Enfim, falta hospital, falta medicamento, faltam profissionais suficientes para atender as necessidades. No Brasil a mortalidade já chega a 4,0% após quatro meses de surgimento de um vírus de acordo com o ministério da saúde segundo informa o site da revista Exame. 

Como há muito tempo não víamos, um perigo iminente, invisível, imbatível por enquanto sem isolamento, nos sujeita aceitar condições impostas por ele mesmo, vencer no grito? Sem chance. Estamos enfrentando. Angústias e necessidades vieram a tona, toda aquela falta que até então estava encoberta, nos fez exposta, diante de nossos olhos, frente a frente. Neste período de “isolamento social” somente o bom senso assim como o exercício do sumo bem podem nos livrar da paranoia que situações como essa produzem em nosso ser, o que nos cabe é aceitar com muita responsabilidade social, sabendo que vai ser difícil, vai ser triste, porém quando tudo passar seremos mais fortes, o mundo será outro, tudo se fará de uma forma diferente. 

Será Deus? Será o diabo? Os dois juntos? Não sabemos explicar. No fim não tem velório, é caixão lacrado, sem despedida, crematório ou 7 palmos de baixo da terra. Uma lição? Pode ser. Fato é, que possamos amar uns aos outros durante este momento de enfrentamento ao coronavírus, olhemos por aqueles que não podem parar, estão nas ruas trabalhando, profissionais da saúde que estão na linha de frente arriscando suas vidas para o bem de todos. Ousemos de compaixão, piedade e empatia neste momento.

Gustavo Corrêa Braun, é Acadêmico de Jornalismo da UNEMAT, cursando o 2º Semestre.