Foto: Humberto Ferreira |
“Gostei tanto que nunca mais parei de ler. Meu pai me deu de presente não apenas um livro, mas um amor, pelo conhecimento, pelas experiências que só através dos livros conseguimos experimentar. Aquele novo mundo, que se abriu para mim, me tocou de tal maneira que eu ainda adolescente passei a garimpar os tesouros que se achavam nas obras”, relata.
Dono de uma vasta biblioteca, com livros de temas diversos, pois é eclético. Em Tangará Moacyr também é velho conhecido de quem trabalha nas bibliotecas do Centro Cultura, Colégio 13 de Maio e 29 de Novembro. “Já fui chamado até de “rato de porões” das bibliotecas, lembra ele, divertindo-se com o apelido.
LIVROS QUE MARCARAM
Moacyr Bicho tem uma lista dos livros que marcam sua vida. Entre eles, “Não posso me calar”, de Léon Tolstói; “De profundis”, Oscar Wilde; “Desmoronamento”, de Scott Fitzgerald; “A Fome”, de Knut; “Um homem acabado”, Giovani Papini; “Antes que o galo cante”, Césari Paresi; “Assim caminha a humanidade”, Edna Ferber; “A raça que irá nos suplantar”, Bolwer Lytton; “Antecipações”, H. G. Weis; “As estâncias”, Dzian; “Titã ou Futilidade” de Robert Robertson; “A Feia”, de Constant; “Cidadela”, Cronin; “O médico de alma e dos homens”, Lucas; “O poço da solidão”, Margareth R. Harr; “Maravilhosa graça”, de Philip Ians; “Crime e Castigo”, Dostoievski; “Guerra e Paz”, de Tolstói e “Pilhar de Ferro, história da vida de Cícero”, de Taylor Calweel.
Moacyr explica que seria impossível para uma pessoa conhecer de outras maneiras, que não pela literatura, todas as possibilidades humanas. Num livro, justifica ele, é possível, por exemplo, encontrar uma história que abarque todas as fases de uma vida inteira e todos os problemas encontrados por uma pessoa, indicando seus erros e acertos.
Ele diz que um bom livro é capaz de transmitir com precisão situações que fazem parte da realidade, mesmo que seja uma obra de ficção. “ É possível que as situações contadas ali se repitam na sua própria vida e que, preparado pela experiência a que você teve acesso, você evite os erros e acerte mais. Neste sentido a literatura é uma grande conselheira”, afirma.
Fonte: Redação do Jornal Tangará