Aprovado em primeira votação Projeto de Lei que autoriza acompanhante de pessoas com diabetes insulinodependente em hospitais

O Projeto de Lei nº 181/2017 que dispõe sobre a presença de acompanhante nos casos de internação de pessoas com diabetes insulinodependente nos hospitais, postos e estabelecimentos de saúde, foi aprovado em primeira votação em sessão extraordinária, no último dia 16, na Assembleia Legislativa. 

De acordo com o autor do projeto deputado Saturnino Masson (PSDB), os hospitais, postos de saúde e todos os estabelecimentos congêneres de saúde de Mato Grosso, públicos e privados, deverão proporcionar condições para a permanência, em tempo integral, de um parente direto ou responsável, nos casos de internação de pessoas com diabetes que fazem uso continuado de insulina.

Para o parlamentar, a diabetes é uma doença crônica, não tem cura, mas tem controle, com o uso diário de insulina por aplicação subcutânea. "Acredito na necessidade de que o paciente diabético tenha um acompanhante o tempo todo, para auxiliar e fiscalizar quando for ministrado a insulina, de acordo com o tipo de tratamento que o paciente já vinha fazendo", explica o deputado.

A doença - A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e exige a aplicação de injeções de insulina diárias. O tratamento de diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, os cuidados de uma equipe multidisciplinar. O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas.

A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco. Do lado inverso, outro perigo que corre o pâncreas diabético é com os efeitos da hipoglicemia, quando o nível de açúcar vai a níveis baixíssimos podendo causar mal-estar, casos de convulsão, desmaios e estado de coma.

Normalmente o paciente diabético já tem algum familiar que o ajuda no trato diário da doença, fazendo deste um acompanhante ideal para os casos de internação hospitalar do diabético.

Relatos médicos indicam que a presença de acompanhante acelera o processo de recuperação, minimiza o número de internações e reduz as intercorrências, concorrendo assim para a melhoria da qualidade de vida dos diabéticos.

O projeto agora volta à apreciação da CCJR – Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Por Rosangela Milles/Assessoria de Gabinete