Bancários do BB em Tangará entram em greve

Os bancários da agência do Banco do Brasil de Tangará da Serra decidiram aderir à greve nacional por tempo indeterminado. Eles realizaram assembléia na manhã de ontem e tomaram a decisão com objetivo de ajudar o movimento nacional para pressionar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a retomar as negociações.

“Nosso movimento é justo. Os bancos têm condições de conceder aquilo que o movimento nacional está reivindicando e nós sabemos disso. Aqui em Tangará devemos ter nos próximos dias a adesão de outras agências, sabemos das dificuldades para a adesão dos colegas de agências privadas, mas não acreditamos que é possível que eles também aprovem uma adesão”, contou um dos bancários do Banco do Brasil, que pediu para não ter seu nome publicado.

Os bancários querem da federação dos bancos uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. Apesar da greve nacional contar com a participação de bancos públicos e privados, até ontem só os funcionários do Banco do Brasil em Tangará haviam aderido.

Segundo um dos funcionários do Banco da Amazônia, Gilberto Pires, uma reunião chegou a ser realizada pelos bancários em Tangará da Serra, mas a maioria decidiu por não aderir ao Movimento de Greve. Na Caixa Econômica Federal a informação é de que uma assembleia seria realizada no fim da tarde de ontem.

Os bancários reivindicam valorização do piso salarial, ampliação da participação nos lucros, e melhoria das condições de trabalho. Eles ainda querem o fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização.
 
Redação Diário da Serra

Justiça nega liminar que pedia retorno dos vereadores cassados

O juiz Cláudio Zeni proferiu ontem decisão interlocutória indeferindo o pedido de liminar protocolado pela advogada Euliene Rosa Torres para que os ex-vereadores Celso Ferreira, Haroldo Lima e Paulinho Porfírio voltassem a ocupar o cargo de vereador na Câmara Municipal. Apesar da decisão, o mérito da causa ainda não foi julgado.

Ao todo, três mandados de segurança tramitam no Judiciário com o objetivo de anular a Sessão de Julgamento que cassou os mandatos dos parlamentares, prefeito e vice. Segundo a advogada, caso haja julgamento de improcedência do mandato de segurança haverá apelação ao Tribunal de Justiça.

Na avaliação de Celso Ferreira, que tenta voltar ao cargo de vereador, no TJ há mais probabilidades de que o pedido seja concedido. “Lá (no Tribunal de Justiça) não há influência da opinião pública, e aqui esta opinião sofre uma influência muito grande daquilo que é divulgado na mídia, que muitas vezes não é imparcial em seus comentários”, avalia Ferreira.

Para sustentar a nulidade da Sessão de Julgamento a defesa dos ex-vereadores argumenta que a Câmara Municipal descumpriu regras do Decreto Lei 201 ao permitir que suplentes de vereadores – segundo a tese da defesa, com interesse na cassação dos mandatos dos titulares – participarem da Comissão Processante e, inclusive, votassem na Sessão de Julgamento.

A advogada Euliene Rosa lembra ainda que muitos documentos que faziam parte do processo não foram lidos no julgamento, o que prejudicou seus clientes. Ela aponta ainda uma série de situações que ocorreram durante a sessão e durante a instrução conduzida pela Comissão Processante.
 
Redação Diário da Serra

Pavimentação de trecho da Avenida Brasil até anel viário começa segunda-feira

Terá início nesta segunda-feira (26.09) a pavimentação do trecho restante da Avenida Brasil até o anel viário, nas imediações da Vila Alta V e Jardim San Diego. A confirmação é do prefeito em exercício Miguel Romanhuk (DEM).

Os recursos para as obras, na ordem de R$ 2,367 milhões, são oriundos de emenda parlamentar do deputado federal licenciado Eliene Lima (PP), que atualmente responde pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.

O prefeito Miguel Romanhuk foi à capital nessa sexta-feira (23.09) para assinar o contrato das obras e confirmar a ordem de serviço. Segundo Romanhuk, os trabalhos iniciam na segunda-feira, com as medições.

Autor: Assessoria
Fonte: Gabinete do Executivo

Despesa mensal do município baixa dos R$ 7 milhões pela primeira vez no ano

A situação financeira do município ainda inspira cuidados, mas os números do mês de agosto representaram um alento ao município de Tangará da Serra no que se refere ao equilíbrio das contas públicas. O que ocorre é que pela primeira vez, neste ano, os empenhos somaram menos de R$ 7 milhões ao mês, enquanto as receitas retomaram a curva ascendente.

Os números não chegam a ser motivo de comemoração, já que as finanças da municipalidade ainda se apresentam problemáticas, com as despesas levando vantagem em relação às receitas em função da queda na arrecadação e da retração na economia. Porém, o prefeito Miguel Romanhuk (DEM) já vê a situação com mais otimismo. “Conseguimos cortar gastos e as receitas começaram a crescer. Ainda estamos longe do equilíbrio, mas com austeridade vamos equilibrar as contas até o final do ano”, disse o chefe do Executivo.

Os demonstrativos das contas do município apontam curvas ascendentes nas receitas e redução nas despesas. Para se ter uma idéia, a média mensal das despesas correntes do município de janeiro a agosto é de R$ 8,3 milhões contra uma média mensal de receita corrente líquida de R$ 6,95 milhões. Na média, a diferença negativa é de pouco mais de R$ 1,3 milhões.

No mês de agosto, as despesas verificadas pelo somatório dos empenhos montam em R$ 6,85 milhões, ante uma receita corrente líquida de R$ 6,7 milhões. O déficit inferior a R$ 200 mil, segundo o secretário municipal de Fazenda, Arielso da Guia e Cruz, deverá se converter em superávit neste mês de setembro. “Temos uma expectativa de recebimento de débitos da dívida ativa e a procura tem sido muito boa”, disse Arielso, que espera arrecadar ao menos R$ 3 milhões com a campanha de regularização de débitos da dívida ativa lançada recentemente pela Prefeitura.

NÚMEROS – Depois de um primeiro trimestre preocupante em termos de arrecadação, os cofres do município ganharam impulso entre abril e junho em virtude de incrementos verificados no IPTU, no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e no ICMS. A diferença foi acentuada, com praticamente R$ 6 milhões de diferença entre o primeiro trimestre (R$ 18,25 milhões) e o segundo (R$ 24,16 milhões).

A arrecadação, porém, voltou a sofrer queda a partir de junho, quando a receita corrente líquida do município foi de R$ 6,5 milhões. Contudo, em agosto já houve um pequeno crescimento, com um total arrecadado de R$ 6,7 milhões.

Receitas à parte, o otimismo da administração cresce com a redução das despesas empenhadas a partir de junho. Depois de verificar uma despesa superior a R$ 8,2 milhões em maio, verificou-se uma redução gradativa nas despesas correntes nos três meses seguintes, com R$ 7,7 milhões em junho, R$ 7,1 milhões em julho e R$ 6,8 milhões em agosto. “Nossa meta é reduzir ainda mais as despesas, na medida do possível, e aumentar a arrecadação. Temos boas informações sobre a campanha de recebimento dos débitos da dívida ativa e acreditamos que teremos bons resultados”, concluiu o prefeito Miguel Romanhuk.
 
Assessoria c/Sefaz

Duas escolas de Tangará da Serra receberam o selo Escola Solidária do Instituto Faça Parte

Vivemos numa sociedade onde as diferenças ainda são motivo de gozo, onde por muitas vezes pessoas são excluídas e ignoradas por suas diferenças. Sociedade onde poucos se preocupam com o bem estar dos que vivem ao seu redor e onde o voluntariado ainda é algo raro de se ver. E é com o intuito de incluir alunos na sociedade, desenvolvendo o trabalho voluntário, que duas escolas de Tangará da Serra foram premiadas com o selo de reconhecimento nacional de escola solidária do Instituto Faça Parte.

O selo é uma iniciativa do Instituto Brasil Voluntário “Faça Parte” e tem como objetivo dar o reconhecimento às escolas de educação básica comprometidas com uma educação solidária através de projetos de voluntariado educativo. Em Tangará da Serra, apenas duas escolas receberam o selo por projetos desenvolvidos no âmbito educacional, sendo estas a Escola Estadual Jonas Lopes e a Escola Estadual 13 de Maio.

Na escola Jonas Lopes o projeto premiado é titulado “Escoteiro escolar” e é desenvolvido pela professora e diretora da escola Maria de Lourdes Fernandes, juntamente com demais professores. O projeto tem como foco os alunos considerados “problemáticos”. No projeto estes alunos são instigados a serem exemplos e tornam-se assim escoteiros escolares. Os escoteiros são responsáveis por cuidar do pátio do colégio, averiguando o comportamento de outros alunos, impedindo assim práticas que possam agredir o meio ambiente e o patrimônio público.

“Os objetivos propostos por nós foram todos alcançados com muito sucesso. Hoje os alunos cuidam do ambiente escolar, respeitam os outros alunos envolvidos no projeto e irradiam as atitudes também fora do prédio escolar. O selo é mérito destes alunos que motivam toda a escola com o belíssimo trabalho que desenvolvem como escoteiros”, relatou a professora Maria de Lourdes.

Já na Escola Estadual 13 de Maio o projeto premiado foi o “Inclusão Solidária; formação pessoal, social e cidadania” proposto pela professora de História Rosângela Aparecida Marquine Leal. O projeto inclui alunos da unidade escolar em um trabalho voluntário na Apae de Tangará da Serra, onde os mesmos vão semanalmente à escola especial desenvolver o voluntariado através de auxilio a atividades propostas pelos professores da instituição. São em torno de três horas semanais de voluntariado desenvolvido por cada aluno, onde cada um é designado a uma sala de aula ou a uma atividade proposta pela escola “Raio de Sol”.

“Sou voluntário há três anos pelo projeto da professora Rosângela. Lá na Apae me fiz mais homem, aprendi que o amor daquelas pessoas não tem preço. Realmente são especiais, fazem você sentir algo inexplicável. É um êxtase de felicidade interminável ao ver cada sorriso de superação daqueles que chamo de ´anjinhos´. Não sou em quem ensino, mas sim eu que aprendo. Aprendo a ser mais humano e a ter cada vez mais valor em minha vida. Amo cada centímetro daquela escola, cada funcionário e cada aluno, são uma família para mim”, afirmou Lucas Alcides, de 18 anos, aluno voluntário do projeto.

Para a professora orientadora do projeto, o selo de Escola Solidária veio para demostrar que em Tangará da Serra há professores, alunos e há escolas preocupadas com a sociedade em si e não somente com o processo de aprendizagem tido como “obrigatório”.

“Este projeto é um filho para mim e de suma importância para a escola. Comecei sendo voluntária sozinha, como mãe de um aluno especial e percebi que podia expandir este gesto digno de menção. Então comecei a recrutar os alunos da 13 e incluí-los a Apae, com o passar do tempo percebi que o projeto tinha um “Q” a mais. Tinha o amor dos alunos pela ação solidária”, concluiu Rosângela.

SELO ESCOLA SOLIDÁRIA - É um projeto que identifica, reconhece e fortalece as escolas brasileiras como núcleos de cidadania em suas próprias comunidades. Criado em 2003, o Selo Escola Solidária já reconheceu 16.181 escolas de educação básica, públicas e particulares, em todos os Estados brasileiros sendo uma realização do Instituto Faça Parte em parceria com MEC (Ministério da Educação), Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação), Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação), Unesco, OEI e Unicef e acontece a cada dois anos.
 
Lucas Justino - Redação Diário da Serra