“R$ 712 mil não resolve o problema”, afirma a Supervisora.

A situação do Hospital Regional Roosevelt Figueiredo Lira de Barra do Bugres ainda é crítica. A dívida acumulada do Governo do Estado de Mato Grosso junto ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Norte Mato-grossense, que administra a unidade hospitalar, ultrapassa R$ 2,8 milhões.

O montante só não seria maior, porque o estado pagou uma das cinco parcelas em atraso. Por meio de nota enviada ao Diário da Serra, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que repassou na segunda-feira, 19, ao Consórcio Intermunicipal de Saúde, R$ 712,8 mil referente ao mês de setembro. Já em relação a parcela do mês de outubro (no mesmo valor), a Secretaria de Saúde informou que também repassou o valor, porém nesta terça-feira, 20, totalizando R$ 1.425.600,00. “As demais competências dos meses de novembro e dezembro já estão liquidadas aguardando apenas fluxo de caixa do governo para que seja feito o pagamento”, informaram em nota.

De acordo com a supervisora do Hospital Regional, Jucélia Luz, o pagamento referente ao mês de setembro foi creditado na conta do Consórcio Intermunicipal somente na tarde de ontem e o referente ao mês de outubro ainda não. “Aparece como pago, mas ainda não caiu. Pode acontecer igual essa [de setembro], levar 24 horas [para ser creditada]. Porém podem estornar também, o que já aconteceu de pagarem, colocar no Fiplan [Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado de Mato Grosso] e todo mundo contar [com o pagamento], e no outro dia não tinha dinheiro na conta. Por isso que não podemos afirmar que recebemos dois pagamentos”.

A dívida total, ainda, é de R$ 2.851.200,00. Se creditado o mês de outubro nesta quarta-feira, 21, o Governo do Estado ainda ficará devendo ao Hospital Regional de Barra do Bugres o repasse de R$ 2.138.400,00, referente a novembro, dezembro e janeiro, sem contar fevereiro que está quase fechando. “R$ 712 mil não resolve o problema do Hospital. Temos quatro pagamentos de médicos atrasados e três de funcionários. 712 não paga e não resolve o nosso problema”.

Fabíola Tormes / Redação DS