Representantes da OAB Tangará apoiam impeachment de Temer

A decisão foi firmada durante 3º Colégio de Presidentes e Delegados

Nos dias 18 e 19 de maio, foi realizado o 3º Colégio de Presidentes e Delegados de Subseção da Seccional Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Mato Grosso. O evento, que ocorreu na cidade de Nova Mutum, contou com a presença do presidente da 10ª Subseção da OAB em Tangará da Serra, Kleiton Carvalho e do conselheiro federal da seccional OAB Mato Grosso, Josemar Carmerino dos Santos. “Neste evento, os presidentes e delegados de Caixa se reúnem para definir prioridades e as diretrizes para a advocacia e consequentemente para a sociedade. São ponderados diversos temas, várias posturas dos advogados a serem tomadas com relação a melhoria da prestação jurisdicional, o que com certeza traz uma celeridade maior na solução de conflitos e isso, por óbvio, traz mais benefícios para a sociedade de um modo geral”, destacou Kleiton Carvalho.

A pauta mais importante dentre os diversos temas analisados foi o apoio do Colégio de Presidentes ao afastamento de Michel Temer (PMDB) do exercício da função de presidente da república, após os áudios vazados em que o chefe do executivo nacional aparece conversando com o empresário Joesley Batista, um dos proprietários da JBS.

“O que a OAB entende é que não houve a prática, houve a omissão do presidente ao receber a visita de um investigado na Lava-Jato, onde houve a notícia de ocorrência de crimes. O presidente da república não poderia deixar de encaminhar essas notícias para as autoridades responsáveis para investigação”, destaca o presidente Kleiton, ao pontuar que a omissão de Michel Temer se configura como crime de prevaricação.

Um pedido de impeachment será protocolado junto à Câmara dos Deputados. A entidade participou ativamente dos impeachments de Fernando Collor de Mello em 92 e de Dilma Rousseff no ano passado.
“Enquanto membro da OAB fico muito feliz por participar dessa instituição que se preocupa com esses problemas nacionais e com tantos outros problemas que afligem a população, a sociedade e todo o sistema dos poderes constituídos. Quando a Ordem fala, agrada uns e desagrada outros, mas quando a Ordem se cala, desagrada a todos”, finaliza Kleiton, ao frisar que para a entidade, o cumprimento da lei é o que deve prevalecer.

Paulo César Desidério - Redação DS