Livro de Marta Cocco é adotado para estudo por escolas em Cuiabá

Professora leciona no campus Tangará da Serra da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)

A obra ‘Doce de Formiga’, da Professora Marta Helena Cocco, que leciona no curso de Letras no campus de Tangará da Serra da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), foi adotado por duas escolas de Cuiabá para ser trabalhado no Ensino Fundamental no primeiro semestre deste ano. As instituições de ensino são a Sesc Escola e o Colégio Cooperar. Além destas, outras escolas - inclusive de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais - tomaram a iniciativa de estudar obras da literatura mato-grossense,

Poeta, Marta é imortal na Academia Mato-grossense de Letras. A professora que já publicou 11 livros, avalia positivamente a ação de incentivo.

“Eu sempre defendo que para a criança é super importante que tenha na sua informação, quando entrar em contato com o texto literário, que ela também tenha pelo menos alguns textos literários que tenham a ver com o contexto dela, com a realidade, com a região”, defende a escritora ao citar que o ‘Doce de Formiga’ possui poemas que fazem referências ao contexto cuiabano e regional e outros que brincam com o mundo infantil.

“São poemas infantis que valorizam a sonoridade do texto, valorizam aspectos da composição que tratam a criança como um ser inteligente, que é capaz também de perceber a musicalidade, o aspecto gráfico, as metáforas. Poema infantil não significa que a gente tenha que escrever uma coisa muito óbvia (...), as crianças de hoje são muito inteligentes, são muito perspicazes”, argumenta.

“Essa valorização de livros produzidos na nossa região pode abrir outros desdobramentos para a literatura produzida na região, tem muita coisa boa para ser trabalhada, explorada e para ser conhecida. Vamos esperar que essa ação fomente outras e que haja no estado, de repente, um conjunto de ações integradas entre cultura e educação para fomentar a produção porque é importante tanto para as pessoas que tem talento e querem produzir e tanto para as pessoas que querem ler e entrar em contato com essas produções”, conclui.

Por Paulo César Desidério - Redação DS