Comemorado o dia da Não-violência contra a Mulher em Tangará da Serra

A Primeira Dama Helena Junqueira esteve representando o Prefeito Municipal.

A Prefeitura Municipal de Tangará da Serra, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, promoveu na tarde da última quarta-feira 25/11 no Salão da Igreja de Santa Terezinha, na Vila Alta, uma palestra para comemorar o dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, proferida pela Psicóloga Dra. Helena Cavalini. Estiveram presentes a Primeira Dama do Município Helena Matias Junqueira, a Secretária de Assistência Social Prof. Maria de Lourdes Pollon, o Vereador Prof. Sebastian representando o Poder Legislativo, coordenadoras e familiares dos participantes.

A Primeira Dama do Município Helena Matias Junqueira usou da palavra. Segue na íntegra a sua fala: “Em nome do prefeito municipal, senhor Fabio Martins Junqueira, quero cumprimentar a mesa de autoridades e manifestar a sua vontade de estar aqui com vocês participando deste momento tão importante, mas, em virtude de um compromisso em Cuiabá, a sua participação ficou impossibilitada, e me pediu para dizer que enquanto, pai, marido e prefeito deste município ele está comprometido em lutar pelos direitos de nós mulheres deixando um grande abraço à cada um dos presentes.

Falar da violência contra a mulher não é tarefa fácil ou agradável, é ter que lembrar que uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).Embora essas violações sejam comuns ao cotidiano de milhares de mulheres, muitas vezes elas se tornam invisíveis ou são tratadas como algo relativo à esfera familiar. No Brasil, a cada duas horas uma mulher é assassinada e uma em cada cinco mulheres já sofreu algum tipo de violência cometida por um homem. Enquanto isso, observamos uma total ausência de políticas públicas para prevenir estes crimes e ao mesmo identificar e punir os responsáveis pelos atos já cometidos.

Somente na última década 43.500 mulheres foram assassinadas e cerca de 40% dos crimes aconteceram dentro de suas próprias casas. Este número pode ser bem mais expressivo já que quase 70% das vítimas não denunciam o agressor por medo.

Precisamos urgentemente propor políticas públicas de enfrentamento às desigualdades de gênero, pois, conforme a Conselheira Maria Elisa Braga, do Conselho Federal de Serviço Social:

“As mulheres morrem não porque se submetem a este poder, mas porque resistem. Morrem porque desejam ser sujeitos de direitos e não uma mercadoria de posse. Morrem ao manifestar a vontade de se separar, sair da relação que quer impedi-las de realizarem suas capacidades humanas, de serem sujeitos autônomos e livres. Morrem porque ousam dizer basta à violência física, sexual, moral, emocional, patrimonial, social. Morrem porque ousam querer viver a vida com equidade e justiça social. ” Quero terminar minha fala dizendo que somos protagonista de nossa própria história e que não estamos sozinhos. Sempre existe alguém para nos ouvir, nos aconselhar, nos ajudar e até nos acolher. Mas é preciso CORAGEM! Coragem para abrir o coração. Coragem para abrir a boca e falar! Coragem para gritar se preciso for! Coragem para pedir ajuda. Coragem para escrever uma nova história, um outro final... Um grande abraço e, que Deus nos abençoe sempre! Muito Obrigada”.

Na sequencia aconteceu um desfile com 20 mulheres atendidas pela Secretaria de Assistência Social, que participam do Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos. Tiveram o direito a uma produção que incluiu corte de cabelo, maquiagem, manicure, pedicure, vestido e sapato. Ao final receberam uma corbelha de flores ofertadas pela organização do evento. Foi servido um coquetel com salgadinhos, sucos e refrigerantes aos presentes.

Humberto Ferreira
Assessoria de Imprensa