Vereadores prometem colocar a ‘ boca no trombone’

O clima da última sessão ordinária da Câmara foi tenso, como em outras situações este ano. Tudo por conta de uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado (TCE) das atividades trabalhistas do vereador Odair José da Silva (PTB), que é acusado de tríplice jornada. Em sua defesa, Odair disse que espera a chegada da decisão do TCE para fazer denúncias seríssimas que, conforme ele, deixarão a população tangaraense chocada.

Odair se defendeu das acusações, salientando que, mais uma vez, é vítima de perseguição, mas afirmou trabalhar em três locais, contudo ressaltou que isso seria orientação dos departamentos de Recursos Humanos (RH) da Câmara e da própria Prefeitura. Odair trabalha como professor, lotado no estado (EE Pedro Alberto Tayano), no laboratório de imunopatologia da Unitan, em plantões noturnos e de final de semana, além do expediente na Câmara. “Me denunciaram porque trabalho demais, veja só. Se trabalhando em três locais, já desenvolvo meu trabalho como vereador a contento, a ponto de ser elogiado pela população, imagine se me dedicasse somente à Câmara. Com certeza, eu iria incomodar muita gente.(…) Depois que chegar a resposta do TCE foi fazer as minhas denúncias aqui e Tangará vai ficar chocada”, ameaçou na tribuna.

Odair enviou sua defesa ao TCE, inclusive com um documento comprobatório de que se afastou por 15 dias no início do ano e que pediu afastamento de sua função na Unitan. Segundo ele, o secretário de Administração, José Pereira Filho, não deferiu o afastamento e disse que isso dependeria da compatibilidade de horários das funções, o que também já havia sido apontado pelo RH da Câmara.

IRRIGAÇÃO – A reportagem do O Jornal procurou o vereador Rogério Silva (PROS) para saber como andam os trâmites da documentação do caso do cancelamento dos estudos para o projeto de irrigação no Assentamento Antônio Conselheiro. Silva disse que os requerimentos solicitando todos os documentos do processo do caso foram enviados para a Prefeitura Municipal, para a empresa ganhadora da licitação e para o Ministério da Integração Nacional e que a Câmara espera a resposta para tomar as providências cabíveis, onde não está descartada a abertura de uma CEI.

Fonte: Redação O Jornal