Professores em greve realizaram ato na Praça da Matriz de Tangará

Professores estaduais se reuniram ontem, em frente à Igreja Matriz, no Centro da cidade. Foi montado um posto de atendimento para prestar esclarecimentos à população acerca da greve.

Os representantes da classe e os secretários de Educação, Ságuas de Moraes, e de Administração, Francisco Faiad, não chegaram a um consenso e a greve, que teve início no dia 12, não tem previsão de término.

Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Tangará da Serra (Sintep), Francisca Alda Ferreira de Lima, na segunda-feira, 19 de agosto, houve uma reunião dos professores do município, para elaborar um plano de ação. “Hoje, aqui na praça, está tendo um estande de conscientização”, explicou.

Francisca diz ainda que os professores entregaram panfletos informativos e conversaram com as pessoas que passaram por lá. “Esta é uma das ações da greve”, justifica.

A presidente disse que a classe vem tentando negociar com o governo do estado desde 2012, quando expuseram a pauta de reivindicações. “Eles não têm nos ouvido e nem nos atendido, então, não é surpresa que o governador não queira nos ouvir e negociar”, relata.

Porém, a presidente do Sintep Tangará, afirmou que os professores estão decididos e não vão voltar às salas de aula em situação de precariedade. “Faz mais de cinco anos que a escola João Batista está para ser reformada, e nada aconteceu. Tem oito anos que a Jada Torres está com salas interditadas e, até agora, nada aconteceu, assim como em outros municípios do Mato Grosso”, justificou.

Francisca encerrou assegurando que os professores só voltam às escolas quando forem ouvidos e, principalmente, atendidos. “Precisamos de uma proposta, de um plano de ação do governo à educação de Mato Grosso”, proferiu.

No total, já são 15 escolas paradas em Tangará da Serra e mais de mil profissionais. Apenas três estão funcionando: Escola Jonas Lopes, Marechal Rondon e Patriarca da Independência.

REIVINDICAÇÕES – Está na pauta um aumento salarial que dobre o poder de compra do salário dos trabalhadores, em um prazo de sete anos, o que significa que o estado teria que conceder reajuste de, pelo menos, 10,41% acima da inflação, todos os anos. O Sintep ainda cobra realização de concurso público, nomeação dos classificados do último concurso, garantia da hora-atividade para interinos, melhoria na infraestrutura das escolas, aplicação dos 35% dos recursos na educação como prevê a Constituição Estadual, e autonomia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) nos recursos da área.

GOVERNO DO ESTADO – O governador Silval Barbosa afirmou que, enquanto durar a greve dos professores da rede estadual de ensino, ele não receberá o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) para negociar o atendimento à pauta de reivindicações. Silval disse que valorizou a Educação durante seu mandato, que começou em 2010, e que, inclusive, já atendeu parte das demandas dos professores.

Fonte: Redação O Jornal