Servidores do Poder Judiciário de Tangará aderem greve

Aproximadamente cinco mil servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso cruzaram os braços desde a última segunda-feira, 13, inclusive a comarca de Tangará da Serra, em protesto pelo fato do Tribunal de Justiça não ter cumprido o compromisso de implantar as melhorias salariais até 31 de dezembro de 2012. O objetivo da greve é fazer com que o Tribunal de Justiça faça valer a legislação vigente, que foi decretada em 2007, mas que até agora não foi colocada em prática. De acordo com Marcos Antônio Detoffol, Oficial de Justiça e um dos representantes do Movimento Grevista de Tangará da Serra, a greve prejudica de certa forma a população tangaraense. “O órgão público trabalhando no seu 100% ainda deixa a desejar por uma série de mazelas que o Estado e o TJ insiste em não corrigi-las, tais como a falta de servidores aqui na comarca de Tangará da Serra por exemplo”, disse.

O Oficial de Justiça ainda disse que esse direito dos servidores está garantido na Constituição Federal no artigo 87. “Nós buscaremos esse direito incansavelmente para que o Tribunal faça cumprir o que está na lei”, concluiu Marcos Antônio Detoffol.

Apesar de greve, Fórum de Tangará da Serra continua aberto

“O Fórum da comarca de Tangará da Serra estará aberto assim como todos os outros do estado de Mato Grosso. Todos aqueles que foram intimados para audiência devem comparecer nas secretarias e os juízes processarão o caso”, informou o Oficial de Justiça, Marcos Antônio Detoffol. Com a paralisação, apenas 30% dos servidores serão mantidos nos fóruns das comarcas para atender serviços garantidos na constituição, como à família, idosos, lei Maria da Penha, Alimentos, Mandado de Segurança e Harbeas Corpus com liminar.

“A greve é estadual, mas mesmo paralisada, as comarcas estará mantendo os 30% que está previsto na lei”, confirmou Marcos Antônio.

Ele disse ainda que o prazo para o fim da greve é indeterminável, até que Tribunal de Justiça faça cumprir um acordo que já foi firmado no ano passado

Em nota, o TJ-MT informou que considera precipitada a decisão pela greve, já que as negociações estão em andamento.

Fonte: Redação DS
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