Prefeito de Tangará não cumpre acordo e greve é inevitável, diz Neto.

Estremecem as relações entre o prefeito Fábio Martins Junqueira (PMDB) e o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM). Para o presidente do SSPM, José Antônio Garcia Neto, Fábio não está cumprindo um acordo formalizado no dia 03 de abril deste ano em reunião no gabinete do próprio prefeito. Na ocasião ele havia garantido um reajuste salarial de 7% a partir do dia 1º de maio e mais 2% do reajuste vegetativo – que é concedido a partir do momento que o servidor completa um ano de carreira.

No início desta semana o prefeito enviou para a Câmara Municipal um projeto de lei que prevê a concessão de apenas 5% de reposição salarial para os aproximadamente dois mil servidores públicos de todos os âmbitos do Executivo Municipal. O projeto, que tramita em regime de urgência especial, será votado na tarde de hoje pelos vereadores em sessão extraordinária.

“O prefeito não está cumprindo um acordo que fez com a classe, o acordo está registrado em ata e assinado por ele, pela secretária de Fazenda e pelos servidores que estavam presentes naquela reunião”, disse Neto. Na época, o DS noticiou em primeira mão a notícia, servidores comemoraram pois já existiam boatos de que Fábio não faria o reajuste da forma que a categoria esperava.

A reunião durou mais de 5 horas e ficou marcada por mais uma série de acordos como a promessa do prefeito de que a data base do reajuste salarial em 2014 será no dia 1º de março, em 2015 no dia 1º de fevereiro e em 2016 no dia 1º de janeiro acompanhando o reajuste do salário mínimo nacional. “O prefeito não está cumprindo nem este ano imagina nos outros anos”, ponderou Neto.

De acordo com o texto do projeto a reposição atingirá servidores da administração direta e indireta, servidores Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Samae) e do Serraprev. A reposição não se estende aos servidores contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), como agentes comunitários de saúde, agentes de saneamento básico de saúde comunitária, pois seus salários seguem os reajustes fixados pelo Governo Federal, mediante lei específica.

Fonte: Redação DS