Partidos buscam composições pensando no tempo de televisão

Com quatro canais locais de televisão aberta (Globo, Sbt, Record e Band) e emissoras de rádio AM e FM, Tangará da Serra é uma cidade onde a campanha pela Prefeitura Municipal é decidida, em grande parte, pelo que se apresenta nos programas eleitorais de rádio e tv. E o tempo que os candidatos a prefeito podem ocupar na televisão e no rádio depende de dois fatores: a quantidade de candidaturas majoritárias (prefeito e vice) e o tempo de cada partido.

No total são 30 minutos para cada programa gratuito, sendo que um terço (10 minutos) é dividido igualmente entre cada partido ou coligação que registre chapa majoritária. Se no município são registrados 2 candidatos a prefeito, cada um recebe 5 minutos. Se são 3 candidatos registrados, cada um recebe 3 minutos e 20 segundos, e assim por diante.

Os outros 20 minutos são distribuídos pelo Tribunal Regional Eleitoral conforme o número de deputados federais eleitos pelos partidos na eleição anterior (2010). Um fator interessante é que nas eleições deste ano o PSD não participará da distribuição desse tempo justamente porque foi criado em 2011 e, logicamente, não elegeu nenhum deputado federal em 2010.

Para os líderes dos partidos o fechamento das coligações, nas convenções de junho, será a prova de fogo. Isso porque quem é mais competente em articulação política consegue agregar mais partidos e consequentemente mais tempo de televisão e rádio. Um dos fatores que mais valoriza o tempo de propaganda gratuita em rádio e TV é justamente o alto custo da campanha direta (carro de som, cabos eleitorais, cartazes).

Diante disso, o foco dos líderes dos partidos – nesta fase – está mais na viabilidade da campanha pelo partido do que o próprio candidato. O resultado é que partidos com mais tempo de televisão, ou seja, mais viabilidade de campanha, acabam tendo mais pré-candidatos interessados em disputar. A conta geralmente fecha quando ocorre composição com um dos partidos cedendo e indicando candidato a vice-prefeito.


Fonte: Redação Diário da Serra